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Montadoras mostram as cabines do futuro
Tecnologia

Montadoras mostram as cabines do futuro

No Salão de Frankfurt, diversas marcas mostram suas interpretações dos interiores dos carros nas próximas décadas

20 de set, 2017 · 6 minutos de leitura.

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cabines do futuro
Cabines do futuro
Crédito:Proposta do Renault Symbioz é transformar interior do carro em sala residencial (Fotos: Renault)
Renault Symbioz

As cabines do futuro é um dos temas mais interessantes do Salão de Frankfurt (Alemanha), que vai até domingo (24). Com a consolidação da conectividade e da automação nos automóveis, a relação entre carros e pessoas passará por profunda transformação. Por isso, as cabines terão de ser completamente reformuladas.

Audi e Renault são as marcas que mais impressionam com suas interpretações de cabines do futuro. A marca francesa mostra o Symbioz, sua visão do automóvel a partir de 2030.

A proposta desse protótipo é transformar o interior do carro em uma sala de visitas. São vários modos de direção, que vão do controle total do motorista ao 100% autônomo.

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Nesse caso, os bancos dianteiros giram em 180° para formar, com os traseiros, uma área de convivência. Pode-se também configurar a cabine e acionar uma mesinha central, e até mesmo um sofá que fica, no modo normal de condução, dobrado, formando uma superfície plana com o assoalho do porta-malas. Todas essas operações são controladas automaticamente por meio de botões.

O Symbioz foi criado para oferecer interação com a casa de seu proprietário. Por meio do painel sensível ao toque, dá para acionar os eletrodomésticos da residência, por exemplo.

 


 

É possível recarregar remotamente os aparelhos eletrônicos da casa por meio das baterias do veículo – que é 100% elétrico. Em casa, pode-se preparar alguns de seus sistemas, ou requisitar que o Symbioz, de forma autônoma, vá da garagem até a porta da residência.


Já no Audi Aicon, não há a possibilidade de dirigir, pois a cabine não traz volante nem pedais. Os bancos da frente podem virar para trás, formando um ambiente de convivência com os ocupantes do de trás – há espaço para quatro pessoas.

O modelo conceitual da Audi é um estudo que mostra como será um carro autônomo de nível cinco, capaz de rodar sem nenhuma participação do motorista. Os modelos atuais com sistemas semiautônomos são de nível dois – o Audi A8, que será lançado ainda neste ano na Europa, será o primeiro de nível três feito em série.

 


SMART: APOSTA NO CARRO COMPARTILHADO

Outro modelo que chama a atenção no Salão de Frankfurt por causa das soluções inovadoras da cabine é o Vision EQ Fortwo. Autônomo, elétrico e conectado, o Smart também não tem volante nem pedais – é capaz de rodar sozinho.

Além disso, se diferencia dos demais por ser também uma proposta de carro compartilhado. O compartilhamento é a aposta de diversas montadoras pelo mundo – nos EUA, marcas como Ford e GM têm departamentos voltados inteiramente a esse tipo de veículo.


A proposta da Smart é que o carrinho seja utilizado por diversas pessoas, não necessariamente com vínculos. Tudo será feito por meio de soluções de conectividade e automação.

Por meio do smartphone, o usuário poderá chamar o carro, que sairá do estacionamento inteligente diretamente para o local selecionado.

 


 

Quando o cliente entrar no EQ Vision, suas configurações já estarão definidas no painel. Assim, ele poderá ouvir suas músicas e ver seus filmes preferidos, por exemplo, enquanto o carro segue automaticamente para o destino predefinido.


Se houver um segundo passageiro no trajeto, a privacidade não é prejudicada. Há um console central retrátil (foto à esquerda) para separar os dois usuários do veículo, caso eles desejem.

 

VEJA TAMBÉM: OS CARROS DE FRANKFURT QUE ESTARÃO NO BRASIL


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.