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Toyota encerra produção na Austrália após 54 anos
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Toyota encerra produção na Austrália após 54 anos

Evento nesta terça-feira (3) marcou fim das operações na fábrica de Altona, no sudoeste de Melbourne

Redação

03 de out, 2017 · 3 minutos de leitura.

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Foto: Toru Hanai/ Reuters
Crédito:

Nesta terça-feira (3/10), a Toyota encerrou sua produção na Austrália após 54 anos. O fim das operações da fábrica de Altona, no sudoeste de Melbourne, foi marcado por um evento que contou um desfile de carros antigos da marca e reuniu mais de 3 mil pessoas, incluindo ex-funcionários, fornecedores e revendedores.

Até o momento, não existe confirmação oficial de quantos funcionários da fábrica seguirão trabalhando na companhia. Segundo a Toyota, durante os últimos três anos os empregados receberam consultorias individuais para planejamento de carreira, participaram de feiras de empregos e treinamentos de capacitação profissional.

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“Graças aos esforços de todos, a Toyota se transformou na principal fabricante automobilística na Austrália. Os veículos produzidos aqui se transformaram em referência de qualidade e confiabilidade não apenas na Austrália, mas também no mundo, uma vez que os carros foram exportados para outras regiões”, afirmou Dave Buttner, presidente da Toyota Austrália.

Em 2018, as áreas de vendas e marketing da companhia serão administradas de sua sede em Melbourne. A fábrica de Altona será reconstruída para se transformar em um centro de treinamento e desenvolvimento de produtos.

Durante as quase seis décadas de operação, a Toyota fabricou 3.541.115 veículos em Altona. Os últimos modelos produzidos foram o Aurion e o Camry, sendo este último o mais popular da companhia japonesa em todo o continente, com mais de 2,1 milhões de unidades vendidas.


“Eu agradeço sinceramente pelos esforços dos funcionários, clientes, fornecedores, autoridades e comunidades locais que apoiaram nossas atividades na Austrália. Embora a fabricação termine hoje, trabalharemos para seguir como uma companhia amada por todos na Austrália”, disse, em mensagem de vídeo, Akio Toyoda, presidente da Toyota.

VEJA MAIS: 5 RAZÕES PARA COMPRAR E 5 PARA NÃO COMPRAR O TOYOTA 

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”