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Andamos nos quatro modelos da SsangYong, marca que está voltando ao País
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Andamos nos quatro modelos da SsangYong, marca que está voltando ao País

Marca sul-coreana SsangYong promete retornar ao Brasil no ano que vem. Veja como se comportam os quatro modelos que devem ser vendidos

José Antonio Leme

26 de nov, 2017 · 5 minutos de leitura.

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SsangYong
Crédito:SsangYong deve voltar ao mercado com quatro modelos no ano que vem. Foto: SsangYong

A sul-coreana SsangYong retorna ao País três anos após deixar o mercado. Agora, reestreia com os modelos Actyon Sports, Tivoli, Korando e XLV, prometidos para o primeiro trimestre de 2018 – todos terão duas versões de acabamento, que devem se diferenciar por itens como rodas e teto solar.

Os utilitários-esportivos compactos XLV e Tivoli dividem plataforma e mecânica. O motor é 1.6 a gasolina de 128 cv e 16,3 mkgf e o câmbio, automático de seis marchas.

Os números são bons, mas na prática a entrega do torque é tardia (a 4.600 rpm). Isso deixa as respostas “mornas” em rotações baixas e no uso urbano.

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No XLV, que pesa 40 kg a mais que o Tivoli, a sensação é pior. Colabora com isso maior balanço traseiro. Sua vantagem é o porta-malas, de 720 litros.

O Tivoli agrada pelos bons acertos de suspensão e direção, mesmo rodando em piso ruim. Os dois têm bom acabamento e mimos como partida sem uso de chave, três modos de condução (esportivo, normal e conforto), que mudam a assistência da direção, e ar-condicionado de duas zonas.

Os preços do Tivoli devem ficar entre R$ 85 mil e R$ 100 mil e os do XLV, entre R$ 90 mil e R$ 105 mil, segundo a marca.


O jipinho Korando e a picape Actyon Sports terão motor 2.2 turbodiesel de 178 cv e 41 mkgf e câmbio automático de seis marchas. O quatro-cilindros é silencioso e trabalha com suavidade e a transmissão garante boas respostas quando o motorista pisa mais forte no acelerador.

Nos dois, a tração será 4×4 – a picape também terá reduzida. No Korando, haverá ainda diferencial com bloqueio central, que envia 50% da força para cada eixo. A suspensão é bem ajustada e a carroceria se mantém firme em curvas.

O interior do utilitário é bem acabado e, embora as linhas não sejam inovadoras, não chegam a desagradar. Há espaço para quatro adultos viajarem com conforto. A tabela deverá ficar entre R$ 135 mil e R$ 150 mil.


A picape Actyon Sports foi reestilizada, mas ainda assim o visual pode não agradar a todos. O interior, por sua vez, tem muito a melhorar e parece ter sido projetado por pessoas com ideias muito diferentes. As partes do painel não “conversam” entre si e fica difícil entender o objetivo do conceito.

Nos bancos da frente o apoio de lombar é muito avançado. Isso incomoda e cansa os ocupantes e não há opções de ajuste. A direção é lenta e anestesiada em curvas. A suspensão “joga” a frente para cima após a Action Sports passar em buracos.

A picape utiliza estrutura monobloco, assim como a Toro. Mas, enquanto a Fiat pode carregar uma tonelada de carga, o da SsangYong leva 750 kg. A Actyon Sport terá preços entre R$ 120 mil e R$ 135 mil, de acordo com a fabricante.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.