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Sandero e Logan vão mal em teste de colisão
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Sandero e Logan vão mal em teste de colisão

Modelos tiveram comportamento abaixo do esperado em teste do Latin NCAP e receberam apenas uma estrela para proteção a adultos; Sandero se saiu pior do que modelo de entrada da Renault, o Kwid

Redação

12 de jun, 2018 · 5 minutos de leitura.

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sandero
Sandero e Logan tiveram notas baixas em teste de colisão frontal e lateral
Crédito:Foto: Latin NCAP
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A mais recente bateria de testes de impacto do Latin NCAP avaliou novamente o Renault Sandero. O hatch manteve o resultado ruim e ganhou apenas uma estrela para a proteção de adultos. Embora tenha passado a contar com barras de proteção lateral, a estrutura deficiente foi crucial para o desempenho fraco. As notas também valem para o sedã Logan.

A nota baixa do Sandero ocorreu também pela falta de itens de proteção ativa para impactos laterais. Ao contrário do Kwid, modelo de entrada, o Sandero não traz air bags laterais. O Latin NCAP também apontou a falta de ancoragens Isofix para cadeirinhas infantis e cinto de três pontos ou encosto de cabeça para o ocupante central traseiro como equipamento padrão. De acordo com o configurador da marca, todos os Sandero têm Isofix, mas o sistema não está disponível no sedã Logan.

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No relatório da entidade sobre impactos frontais, o Sandero apresentou boa proteção para cabeça e pescoço do motorista. Para o passageiro da frente, a proteção da cabeça foi apenas adequada. O maior problema foi na região peitoral, com proteção pobre para o motorista e marginal para o passageiro. Os joelhos do motorista ainda têm risco de choque com a coluna de direção.

Em impactos laterais, a proteção para cabeça e região pélvica foi considerada boa, adequada para zona abdominal e pobre para peitoral. Há lembrete de uso do cinto de segurança apenas para o motorista, pouco para os padrões do Latin NCAP. A estrutura do habitáculo foi considerada instável.

A ausência de itens como air bags laterais e de cortina também foi levada em consideração. Sandero e Logan só têm ESP nas versões de topo equipadas com o câmbio automatizado Easy’R.


Para proteção infantil, o modelo recebeu três estrelas. O modelo conseguiu oferecer proteção adequada a crianças com o uso de cadeirinhas infantis. O deslize é a falta de fixação Isofix de série no Logan.

Kwid se saiu melhor

O resultado apresentado pela dupla Sandero e Logan foi, curiosamente, pior que o do Kwid, modelo de entrada da marca. Com três estrelas na proteção contra impactos frontais, o Kwid se saiu melhor na proteção à região toráxica de motorista e passageiro. Além disso, a estrutura do Kwid foi considerada estável, ao contrário dos modelos maiores.

No impacto lateral, o resultado foi semelhante aos de Sandero e Logan, apesar dos air bags laterais.


Em nota, a Renault informa que:

“A evolução dos critérios adotados nas provas de colisão faz com que haja uma mudança nos resultados ao longo do tempo sem que tenha havido uma mudança no produto.

A segurança sempre foi uma características dos veículos Renault, o que pode ser confirmado pelos ótimos resultados dos nossos mais recentes lançamentos.


Estamos atentos e trabalhando para trazer mais segurança a todos os nossos produtos continuamente.”

Texto atualizado às 16h43.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.