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Ignição por micro-ondas pode dar sobrevida a motor a combustão
Tecnologia

Ignição por micro-ondas pode dar sobrevida a motor a combustão

Sistema desenvolvido por empresa alemã tem incentivo de ex-CEO da Porsche que levou empresa ao sucesso com SUVs. Novo sistema de micro-ondas pode cortar emissões em até 80%

Redação

17 de dez, 2018 · 3 minutos de leitura.

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Motor Skyactiv-X da Mazda é um dos mais eficientes a gasolina
Crédito:Foto: Toru Hanai/Reuters
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Uma start-up alemã está trabalhando em um projeto que pode prolongar a vida dos motores de combustão interna. A MWI Microwave Ignition quer substituir as velas de ignição por pulsos de micro-ondas para queimar o combustível.

Com as micro-ondas, a queima ocorre numa temperatura mais baixa do que com a centelha tradicional. Isso tornaria os motores até 30% mais econômicos e os faria emitir até 80% menos poluentes.

Embora pareça algo de ficção científica, a empresa tem um importante investidor. Wendelin Wiedeking foi CEO da Porsche entre 1993 e 2009, e foi responsável por aprovar o projeto do primeiro Cayenne, o modelo que tirou a marca do vermelho no início dos anos 2000.

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A invenção tem chamado atenção, já que pode representar uma sobrevida ao motor a combustão como conhecemos. Segundo a MWI, o novo sistema de ignição pode ser incorporado na arquitetura existente, e não demandaria um projeto de motor totalmente novo. A ignição por micro-ondas funciona tanto em motores a gasolina quanto a diesel.

Caso o sistema se mostre viável para produção em massa, também poderá frear o processo de eletrificação dos carros de passeio.

Mazda lidera corrida por eficiência

Uma das marcas mais avançadas em sistemas de ignição é a Mazda, com seu sistema Skyactiv-X. A fabricante japonesa manteve seu foco em motores a gasolina e usa taxas de compressão mais elevadas para otimizar a queima do combustível. Uma nova geração de propulsores vai estrear no próximo Mazda 3.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.