A Audi escolheu a Casacor, localizada no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, para anunciar duas novidades em sua linha de veículos eletrificados. Durante um evento realizado no espaço, foram apresentados os novos modelos Audi Q8 e-tron — e sua versão Sportback, e nós do Jornal do Carro fomos convidados a dirigir o SUV cupê elétrico pelas ruas da cidade, por exemplo.

Em um trajeto que foi do bairro do Jardim Botânico até a Vista Chinesa, com pouco mais de 6 quilômetros de extensão, pudemos conhecer algumas características do SUV da Audi, que, mesmo elétrico e pesando mais de duas toneladas, é ágil nas respostas do acelerador, graças aos seus 408 cv e tração integral quattro.

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Custando R$ 711.990 em sua versão Launch Edition, disponível para test-drive, andamos nas vias do bairro até o ponto turístico, trafegando por ruas apertadas de paralelepípedo e com asfalto regular. Mesmo calçado com rodas aro 22 polegadas e pneus de perfil baixo, o conforto ao rodar impressiona. Apesar das escolhas de roda e pneu da versão, que conta com suspensão a ar, o silêncio abordo é absoluto, como se espera de um SUV elétrico de luxo.

Dirigibilidade do SUV elétrico da Audi impressiona

Ao sair do trecho urbano e começar a sinuosa subida para a Vista Chinesa, o Q8 e-tron maneja as curvas com facilidade, apesar do tamanho. Para controlar a distância entre os ciclistas e o carro, no lugar dos retrovisores estão duas câmeras, que fazem as vezes dos espelhos laterais. No entanto, o opcional de R$ 15 mil mostra-se pouco prático, sendo preciso tempo para acostumar-se a olhar para as portas, onde estão as telas, e não para o lado de fora, onde ficam as câmeras.

Contudo, mesmo utilizando um modo de eficiência, programado pela Audi, que desafiou os jornalistas a realizarem o trajeto gastando pouca energia, o modelo não desabona em performance. Os 64 mkgf de torque ajudaram o modelo a cumprir a subida da serra sem muito esforço, por exemplo. Já na descida, o sistema de frenagem regenerativa ajuda a segurar o modelo, com seu controle por meio de aletas atrás do volante. Assim, mesmo em regime de eficiência, o SUV responde rápido se provocado.

Teto cupê não influencia no espaço ou visibilidade

Ao estacionar, o motorista conta com o auxílio de câmeras 360° que facilitam a baliza. Ao abrir as portas, é possível observar o nome “Q8 e-tron” refletido no chão por meio de um projetor, um detalhe bacana. O porta-malas tem abertura elétrica, e revela seus 528 litros de capacidade, ante os 569 litros da versão SUV, por exemplo. Seu fechamento, no entanto, também é elétrico. Na dianteira, sob o capô, está outro pequeno espaço, de 60 litros, aonde vão os cabos para carregamento.

Para quem vai atrás, há bom espaço para as pernas e para a cabeça, além da possibilidade de regular o ar condicionado utilizando controles no console central. Bancos revestidos em couro nas laterais, saídas de ar condicionado traseiras e teto solar também contam como algumas outras “bossas” do modelo. Vale ressaltar também que, apesar do teto mais baixo, a visibilidade traseira não é muito prejudicada, por exemplo.

Multimídia sensível ao toque requer tempo para se acostumar

Para o motorista, estão reservados o painel digital, volante revestido em couro com boa empunhadura, e as telas da central multimídia. No entanto, realizar pequenas tarefas, como, por exemplo, ajustar o ar condicionado, exigem uma atenção a mais do motorista. Assim, o sistema, sensível ao toque, requer pressionamento com mais força, algo não tão intuitivo à primeira vista, que pode distrair o motorista não acostumado. Apesar disso, o sistema é completo e de boa interface, que responde rápido se acionado. 

Contudo, externamente, o destaque está nos detalhes, como a porta de carregamento do carro, que abre de maneira elétrica, ao toque de um botão. Além disso, o nome da versão vai impresso na coluna na porta, e a única maneira de notar que se trata de um e-tron, é observando o bocal de carregamento.

Por fim, a versão Perfomance Black, mais barata (R$ 699,990), diferencia-se em detalhes como o logotipo da marca, em branco, e pela grade, em preto brilhante. O desenho das rodas também muda, com seis raios, ao invés de cinco, na versão mais cara. Em matéria de mercado, a opção da Audi disputa espaço com o BMW iX e Mercedes-Benz EQC, ambos na faixa de até R$ 700 mil.

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