A Jeep fez uma grande ofensiva no fim de 2021 com o lançamento do Commander. O SUV de 7 lugares feito Pernambuco veio posicionado acima do Compass e com proposta de concentrar as vendas nas versões com o motor 2.0 turbodiesel de 170 cv. Entretanto, para ter preço competitivo, veio também com o 1.3 T270 turbo flex de até 185 cv de potência e 27,5 mkgf de torque máximo.
O motor é conectado ao câmbio automático de seis marchas e a tração é apenas dianteira. O problema, no momento, nem é o preço de R$ 239.990. Afinal, o Commander entrega luxo e sofisticação a bordo. A questão é a alta demanda e a escassez de chips. Sem conseguir entregar o SUV, a Jeep suspendeu os pedidos no início de fevereiro. O Jornal do Carro acelerou a versão turbo flex e conta se vale a espera.
Os pedidos pelo Jeep Commander têm fila de até 180 dias.
Como é o Jeep Commander
O utilitário de 7 lugares aposta no luxo e na sofisticação a bordo. Na versão avaliada, a cabine têm, por exemplo, forração em couro Suede nos bancos e em outras partes, como painel e portas. O modelo herda vários itens do irmão, entre eles a moderna central multimídia com tela de 10″ e conexão sem fio com Android Auto e Apple CarPlay.
Um destaque é a plataforma de conectividade Adventure Intelligence. Ela oferece vários serviços conectados, com Wi-Fi nativo, assim como comandos remotos via App no celular. A multimídia também é compatível com assistentes virtuais, como a Alexa, da Amazon.
Na parte de segurança ativa, o SUV de 7 lugares conta com controle de cruzeiro adaptativo (ACC) com frenagem automática de emergência, em caso de risco de batida. Há assistente de saída involuntária de faixa, que faz correções no volante para centralizar o veículo na faixa da pista, assim como alerta de ponto-cego nos retrovisores laterais.
O Jeep Commander é capaz também de identificar de placas de trânsito, tem assistente de manobras, que faz a baliza de forma automática, e detector de fadiga do motorista. Por fim, há ajuste automático dos faróis principais (alto e baixo), bem como saídas de ar-condicionado e portas USB para os passageiros do banco de trás, e tampa traseira automática.
Vale a compra?
A despeito das heranças do Compass, o Commander chega com visual próprio e imponente, com lanternas elegantes e iluminação Full LEDs em todas as versões. Para o motorista, o quadro de instrumentos conta com display colorido e configurável. A bordo, a sensação é de maior luxo e riqueza em relação aos irmãos feitos em Pernambuco.
Com o Commander, a Jeep quer a liderança dos SUVs maiores, categoria dominada pelo Toyota SW4. Porém, na versão flex, o irmão maior do Compass não tem a valentia no 4×4 dos modelos derivados de picapes médias a diesel, como o SUV derivado da Hilux. Assim, a versão Overland tem pegada mais urbana e voltada às viagens em família.
Além do maior requinte no interior, e do visual classudo e imponente, o Commander tem como ponto forte o espaço interno. O generoso entre-eixos de 2,79 metros entrega até sete lugares e 660 litros de porta-malas quando ajustado para 5 adultos. Entretanto, com todos os assentos ocupados, o bagageiro fica bem menor e leva 233 litros.
Ou seja, com essas características, o Commander Overland 1.3 turbo flex é rival de outros SUVs de 7 lugares, como o Caoa Chery Tiggo 8 e o VW Tiguan Allspace, que voltará reestilizado do México em breve. Tem ainda os SUVs médios com tabela parelha, como Peugeot 3008 e Ford Bronco Sport. E, mais acima, o Mercedes-Benz GLB. Não faltam rivais.