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Aceleramos o 911 Carrera com motor turbo
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Aceleramos o 911 Carrera com motor turbo

Além da adoção da turboalimentação no motor 3.0 boxer, modelo também teve algumas alterações virtuais

16 de nov, 2015 · 8 minutos de leitura.

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  Aceleramos o 911 Carrera com motor turbo
Porsche 911 Carrera

O que você levaria para uma ilha (nem tão) deserta? Um esportivo turbo? Pois foi o que fez a Porsche. A marca alemã escolheu a ilha de Tenerife, a maior das Ilhas Canárias, para lançar o 911 Carrera com o novo motor biturbo. Tenerife tem um enorme vulcão, o Teide, ponto mais elevado da Europa, a 3.718 metros do nível do mar. E o que o Carrera tem em comum com Tenerife? O esportivo também tem o seu vulcão particular.

O novo motor 3.0 boxer ganhou duas turbinas, e está sempre pronto a entrar em ação. Ficou mais nervoso do que nunca. A potência subiu 20 cv: foi para 370 cv no Carrera e 420 cv no Carrera S. Aliado ao baixo peso (1.460 kg), o carro encarou subidas ao redor do Monte Teide como se estivesse descendo. A Porsche divulga 0 a 100 km/h em 3,9 segundos no Carrera S, graças também ao exuberante torque de 51 mkgf, já a partir de 1.700 rpm. Poderia ser ainda mais bravo, mas a marca buscou também economia. O esportivo, embora seja muito rápido, faz média de 13 km/l (cidade-estrada) na versão S, e chega a 13,5 km/l no Carrera.

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Mas números frios não contam a história inteira. Tenerife é uma ilha de formação vulcânica localizada na costa da África. O terreno é montanhoso. E, onde tem montanha, tem curva. Ótimo para o 911, que é um esportivo cercado de tecnologia por todos os lados. Além de rápido nas acelerações, o Carrera está ainda mais estável e bom de curva. Ficou 1 cm mais baixo, e na versão S tem pneus mais largos (de 295 para 305 mm). As rodas sã aro 20.

Outra novidade é o eixo traseiro esterçante. Em baixas velocidades (até 50 km/h), as rodas de trás esterçam em sentido contrário ao das dianteiras, tornando a direção mais direta e diminuindo o raio de giro. É como se, virtualmente, a distância entre-eixos encurtasse. Em ritmos mais elevados, acima de 80 km/h, as quatro rodas esterçam no mesmo sentido, melhorando estabilidade.

E o que dizer do ronco? Basta pisar que o novo Carrera responde com o som típico dos Porsche com motor boxer. É um som metálico, quase o mesmo que o 911 ostenta há décadas. O motorista ainda pode escolher como quer o desempenho, e com que intensidade de acompanhamento sonoro. Para isso, há um botão no console (que altera o som do escape) e um comando giratório no volante, que regula o grau de nervovismo das respostas. Vai do moderado ao inconsequente. No modo mais bravo (S+), ele diminui a presença dos controles de tração e estabilidade, e permite que se chegue ao limite nas curvas.


Além disso, um pequeno botão diabólico no centro desse comando giratório deixa o esportivo ainda mais rápido. Entrega por 20 segundos força máxima, para ultrapassagens, por exemplo.
Mas o Carrera também tem seu lado bom-moço. Em descidas em que o motor não esteja sendo exigido, a embreagem se desconecta e o carro roda em marcha lenta. Em algumas situações, ele chega até mesmo a desligar, mesmo com o esportivo em movimento. Mas volta a ligar quando o condutor pisa no acelerador.

A posição ao volante é aquela que todo mundo pediu a Deus. Poucas vezes o termo “vestir o carro” pôde ser utilizado com tanto propriedade. O 911 parece ter sido feito sob medida. Os comandos estão onde deveriam, e são de uso intuitivo. Você entra no carro pela primeira vez e se sente à vontade. O volante é perfeito, e há belas aletas de alumínio para trocas de marcha manuais. O câmbio tem dupla embreagem e sete marchas (PDK), de trocas muito rápidas. A novidade é que as mudanças manuais na alavanca passaram a ser feitas como nos carros de corrida: reduções para a frente, aumentos para trás.

E as malas? Bem, não estamos falando de um carro familiar, mas o bagageiro frontal consegue acomodar a bagagem de duas pessoas numa viagem de fim de semana. Na frente, há espaço para 145 litros. Atrás do banco traseiro, mais 260 l, afirma a Porsche.


E as crianças? Vão se apertar. O 911 é um típico “2+2”, um eufemismo que designa lugares normais na frente e pequeno espaço atrás. Acomoda apenas crianças pequenas.
E as valetas e buracos? A Porsche pensou nisso. Um comando hidráulico (opcional) ergue a dianteira do carro em 4 cm, para que ele não raspe em obstáculos.

E quando vem? Para o Brasil, a expectativa é a de que os novos Carrera e Carrera S cheguem em março ou abril, nas versões cupê e cabriolet. Ainda não há preço definido. Na Alemanha, o Carrera custa a partir de 96.605 euros (R$ 396 mil). O Carrera S Cabriolet sai por 123.856 (R$ 510 mil).

Viagem feita a convite da Porsche


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