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Aprenda a poupar freios na descida de serra para evitar acidentes
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Aprenda a poupar freios na descida de serra para evitar acidentes

Abusar dos freios em descidas íngremes pode resultar em perda de eficiência do sistema e causar acidentes

Hairton Ponciano Voz

09 de jan, 2019 · 4 minutos de leitura.

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freios
Crédito:O primeiro efeito colateral do superaquecimentos dos freios é a queda da calota, por causa da transferência de calor da roda para ela. É por isso que é comum encontrar várias delas no acostamento de estradas íngremes. Foto: Werther Santana/Estadão

Nas férias, o destino de muita gente são as praias e as montanhas. No entanto, atrás da beleza dos caminhos serranos, há o perigo da perda de eficiência dos freios. Descidas longas sempre representam ameaça à segurança. A razão é que o atrito prolongado entre discos e pastilhas (ou lonas e tambores, dependendo do veículo) eleva a temperatura do conjunto. E, com o aquecimento, a eficiência diminui.

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A primeira consequência de superaquecimento nos freios é a queda da calota. Ela cai porque as rodas esquentam tanto que chegam a derreter o plástico. Isso explica a quantidade de calotas perdidas em trechos de serra.

A perda da cobertura, porém, é o menor dos males. Sem freios, o risco de acidentes aumenta muito. Para não superaquecer o sistema, é importante utilizar o freio-motor. Elevando a rotação do motor, ele ajuda a segurar a velocidade do veículo em declives, sem uso excessivo dos freios.


De acordo com o porta-voz da Polícia Rodoviária Federal Ricardo de Paula, em carros com câmbio manual, o ideal é descer a serra utilizando a mesma marcha que seria empregada na subida. Assim, trechos muito íngremes, que exigiriam uma segunda marcha na subida, devem também ser descidos em segunda, para poupar os freios.

Segundo De Paula, que é também instrutor de direção, descer com o giro elevado “não força o motor e também não gasta combustível”. Ao contrário do que ocorre nos motores com carburador, o combustível é cortado quando se tira o pé do acelerador em propulsores com injeção eletrônica.


Veículos automáticos mais modernos fazem a redução sozinhos. Mas, caso a rotação do motor esteja baixa (sinal de que não há atuação de freio-motor), De Paula recomenda a redução manual. Isso pode ser feito por meio das borboletas no volante (se houver) ou na própria alavanca.

Como proceder se faltar freio

De acordo com o porta-voz da PRF, o aumento no curso do pedal de freio é o primeiro sinal de que o sistema está perdendo eficiência: “É aquela sensação de freio ‘borrachudo’”, diz.

Nesse caso, ele aconselha que se reduza a marcha até o limite de giro do motor. Com isso, a velocidade diminui aos poucos. Com o veículo devagar, fica fácil parar no acostamento (ou, se possível, em algum posto de serviços). “Depois de esfriar, os freios voltam a funcionar”, afirma.


De Paula alerta para o risco de se tentar parar o carro utilizando o freio de mão. Como ele atua nas rodas traseiras, caso o volante esteja levemente virado o veículo pode rodar na pista, com sérias consequências.

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