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Aquaplanagem é risco nas pistas de competição e nas ruas
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Aquaplanagem é risco nas pistas de competição e nas ruas

Chuva não é perigo apenas na Fórmula 1, como se viu ontem em Interlagos. Motoristas também precisam tomar cuidado

14 de nov, 2016 · 6 minutos de leitura.

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 Aquaplanagem é risco nas pistas de competição e nas ruas
Com chuva, é recomendável reduzir a velocidade, para evitar o risco de aquaplanagem
Quem assistiu à corrida de Fórmula 1, ontem, em Interlagos, deve ter percebido a importância dos pneus. Com chuva, a possibilidade de aquaplanagem aumenta muito. Não importa a quantidade de tecnologia embarcada no carro, o fato é que com água na pista a possibilidade de o automóvel virar barco é grande.

A corrida já foi, mas, como estamos no meio de um feriado prolongado e muita gente está viajando, é importante dedicar especial atenção aos pneus, porque a previsão de chuva continua para os próximos dias.

Por serem os únicos pontos de contato entre o veículo e o solo, os pneus influenciam diretamente no comportamento dinâmico do carro.

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O motorista deve ficar atento ao indicador de desgaste existente nos pneus. Trata-se de um ressalto de borracha conhecido como TWI, que fica no sentido transversal da banda de rodagem. Ele tem 1,6 milímetro de altura, que é a medida mínima permitida por lei para o uso do pneu. Quando esse ressalto alcança a superfície da banda de rodagem, é o momento de substituição.

Isso porque os sulcos dos pneus funcionam como canais de escoamento de água. Quanto menor esses canais, menor a capacidade de captar água. Para entender melhor, façamos uma analogia com rios: se a “calha” do rio for pequena e ele receber muita água, haverá transbordamento. No caso dos pneus, o excesso tende a ficar entre o piso e a borracha, causando aquaplanagem.

Assim, mesmo que o pneu não esteja totalmente liso, ele já é tecnicamente “careca” quando os sulcos têm 1,6 mm de profundidade.


Além de pneus em bom estado, é importante verificar a pressão. Para isso, confira o valor indicado no manual do carro ou em algum ponto da carroceria (normalmente, há um adesivo no batente da porta do motorista ou na tampa do tanque de combustível). Com carga (situação comum em viagens, quando o carro vai com mais pessoas e bagagens), alguns fabricantes indicam pressão maior.

Como evitar. Em caso de chuva, o ideal é reduzir a velocidade. Acima de 80 km/h, a possibilidade de aquaplanagem (ou hidroplanagem) aumenta muito. Além de diminuir o ritmo, especialmente em curvas, aumente a distância para o veículo da frente, para ter mais tempo de reação caso algo aconteça com quem vai à frente.

Procure manter os pneus nos “trilhos” formados pelos veículos que vão à frente. Essa é a parte mais seca da pista, e portanto a mais segura. Caso esses “trilhos” diminuam, é sinal que há muita água no piso. Nessa hipótese, reduza ainda mais a velocidade.


Não confie no ritmo de ônibus. Veículos grandes têm possibilidade muito menor de aquaplanagem. Por isso, mesmo que eles estejam em velocidade maior, não tente acompanhá-los.

E se o carro aquaplanar? O primeiro sintoma que o carro está perdendo contato com o solo é o aumento de giro do motor, que ocorre por causa da redução de atrito entre a borracha e o solo. O segundo sinal é a direção muito “leve”, motivada pela mesma razão.

Nesse caso, é preciso manter a calma, aliviar o pé do acelerador e não pisar no freio. Além disso, é recomendável fazer leves movimentos no volante, para “procurar” retomar o contato com o piso.


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