As montadoras instaladas na Argentina calculam que a produção de automóveis crescerá entre 10% e 12% em 2011 em comparação com 2010. A estimativa foi anunciada por Aníbal Borderes, presidente da Associação de Fabricantes de Automóveis (Adefa), que indicou que a produção de veículos nos primeiros onze meses deste ano foi de 656 mil unidades, número que indica um aumento de 42,2% em relação a 2009, ano em que a indústria argentina do setor foi duramente atingida pela crise mundial.
“O ano 2011 terá aumentos moderados nas porcentagens. No entanto, será mais um ano com recordes”, sustentou. Entre janeiro e novembro deste ano as exportações chegaram à faixa de 407 mil automóveis, o equivalente a 41,6% em comparação a 2009. Borderes estima que em 2011 as exportações – majoritariamente destinadas ao mercado brasileiro ao longo da última meia década – aumentariam entre 10% e 12%. Segundo ele, o mercado interno crescerá de 5% a 6% no ano que vem.
MONTADORAS ARGENTINAS ESPERAM AUMENTO DE 12% NA PRODUÇÃO EM 2011
Ariel Palacios
Correspondente
BUENOS AIRES – As montadoras instaladas na Argentina calculam que a
produção de automóveis crescerá entre 10% e 12% em 2011 em comparação
com 2010. A estimativa foi anunciada por Aníbal Borderes, presidente da
Associação de Fabricantes de Automóveis (Adefa), que indicou que a
produção de veículos nos primeiros onze meses deste ano foi de 656 mil
unidades, número que indica um aumento de 42,2% em relação a 2009, ano
em que a indústria argentina do setor foi duramente atingida pela crise
mundial.
“O ano 2011 terá aumentos moderados nas porcentagens. No entanto, será
mais um ano com recordes”, sustentou.
Entre janeiro e novembro deste ano as exportações chegaram à faixa de
407 mil automóveis, o equivalente a 41,6% em comparação a 2009.
Borderes estima que em 2011 as exportações – majoritariamente
destinadas ao mercado brasileiro ao longo da última meia década –
aumentariam entre 10% e 12%. Segundo ele, o mercado interno crescerá de
5% a 6% no ano que vem.
Para manter o crescimento, afirmam fontes do setor, é preciso
conseguir a permanência da competitividade argentina. Por este motivo
as montadoras estão preocupadas com o aumento da inflação, a qual,
segundo o governo, não passaria de 10% neste ano. Mas, economistas
independentes – que acusam o governo de manipular os índices – afirmam
que será de mais de 26%. Outro fator de preocupação são as demandas de
aumentos salariais por parte dos sindicatos da Confederação Geral do
Trabalho (CGT), comandada por Hugo Moyano, o principal pilar do governo
da presidente Cristina Kirchner na área social.
RECORDES – A consultoria Abeceb calcula que a produção automotiva
argentina será encerrada em 2010 com mais de 700 mil unidades. Segundo
a consultoria, isso implica em um crescimento de 350% em comparação com
2002, ano da maior crise econômica da História do país, quando somente
94 mil veículos saíram das linhas de produção na Argentina.
Segundo a Abeceb a produção local poderia chegar à faixa de um milhão
de unidades em 2014.