O Argo chegou às concessionárias com o objetivo de incomodar os líderes de vendas, Onix e HB20. Porém, no primeiro mês de vendas, o carro não conseguiu cumprir essa meta.
De acordo com números preliminares obtidos pela reportagem do Jornal do Carro, o Argo registrou 1.271 emplacamentos de 1º a 28 de junho.
Para comparação, as vendas do Onix, em igual período, foram de 12.086 unidades. O HB20 teve 8.957 exemplares comercializados.
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Extraoficialmente, fontes ligadas à Fiat informaram à reportagem que a meta mensal de vendas, nos primeiros meses, é de 6 mil unidades.
Atraso? Embora tenha anunciado a chegada às concessionárias para o dia 1º de junho, o que daria ao Argo um mês completo de vendas no dia 30, a Fiat agora divulgou uma nova informação.
De acordo com comunicado da marca, em resposta à reportagem, as versões 1.0 e 1.3 “só chegaram fisicamente às concessionárias no fim da segunda semana de junho.”
Já as versões 1.8 começaram a ser entregues às revendas no fim de semana passado, também conforme a Fiat.
GALERIA: 5 RAZÕES PARA COMPRAR O ARGO. E CINCO PARA NÃO COMPRAR
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Para comprar: estilo
O Argo agrada pelo visual, e não importa o ângulo em que ele esteja sendo observado. Às vezes lembra o Tipo (principalmente quando visto de frente); às vezes se assemelha ao Gol (por causa da coluna traseira). Mas o fato é que o hatch, cujo estilo foi desenvolvido no Brasil, é bem atraente.
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Para comprar: equipamentos
O sistema start&stop é item de série até na versão Drive 1.0 (a foto é da versão HGT). Além disso, o modelo básico vem com Isofix (para fixação de cadeira infantil), direção elétrica, ar-condicionado, banco do motorista com ajuste de altura, cintos de segurança retráteis de três pontos para todos os ocupantes, travas e vidros dianteiros elétricos.
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Para comprar: acabamento
O revestimento de painel e laterais é feito de material rígido, mas a textura é agradável ao toque e aos olhos. Dependendo da versão, a faixa que atravessa o painel é acetinada no tom vermelho (HGT) ou cinza (Drive e Precision).
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Para comprar: dirigibilidade
Graças ao bom acerto de suspensão, o Argo apresenta pouca inclinação da carroceria em curvas. A direção elétrica também mostrou precisão, e o motor 1.8 responde muito bem.
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Para comprar: desempenho
A Fiat ainda não lançou o Argo 1.0, mas os carros que dirigimos (1.8 e 1.3) não desapontam. O 1.8 de 139 cv é o mesmo da picape Toro e do Jeep Renegade. Num hatch de 4 metros e relativamente leve, ele dá conta do recado com facilidade. O 1.3 (109 cv) também dá boa agilidade ao carro, principalmente no uso urbano.
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Para não comprar: preço do 1.0
O Argo mais barato, versão Drive 1.0 com câmbio manual, sai por R$ 46.800. Completo, salta para R$ 51.190. Nesse caso, ele vem com central multimídia de 7" sensível ao toque, volante com comandos de som e telefone, câmera de ré com sensores de obstáculos e vidros elétricos também atrás, entre outros itens.
7/10
Para não comprar: falta de cuidado nos detalhes
Ao se abrir o porta-luvas, a tampa despenca de uma vez, sem aquele efeito de "câmera lenta" tão comum hoje em dia.
8/10
Para não comprar: muitos 'botões sem função'
No canto esquerdo do painel, em volta do botão dos faróis auxiliares, parece que há diversas teclas sem função. Mas é apenas um recurso de estilo que não teve muito bom resultado, já que nada ali é de apertar. Fica a impressão de que são chaves de "reserva" para equipamentos que o Argo não tem.
9/10
Para não comprar: ajuste da coluna de direção
A coluna de direção é regulável somente em altura, e não em profundidade. Além disso, o ajuste de altura do banco do motorista é feito por uma alavanca muito fina. E há uma curiosidade: no modelo com air bag lateral, a alavanca fica do lado direito. Sem a bolsa, o comando está do lado esquerdo.
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Para não comprar: apoio de mão sem mola
Os apoios de mão não têm mola para amortecer o retorno, o que suavizaria o movimento quando se solta a alça. Sem elas, a peça volta de uma vez, dando um baque seco no teto.
A montadora informa ainda que considera as vendas acima da expectativa. Isso porque, em duas semanas, vendeu 2.200 unidades do carro – há atraso de seis dias para o emplacamento, também segundo a Fiat.
“O mês de julho será um mês regular para medir o volume de vendas do Fiat Argo, pois teremos a rede de concessionárias abastecida e a campanha publicitária no ar”, informou a montadora.
Novidade. O Argo chegou ao País em três versões de motor: 1.0, 1.3 e 1.8. Há diversas opções de acabamento. Os preços vão de R$ 46.800 a R$ 70.600.
De acordo com concessionárias consultadas pela reportagem, as versões 1.3 e 1.8 estão sendo mais procuradas. Uma autorizada havia vendido, até o dia 26, 12 exemplares – nenhum do 1.0.
Boa notícia. Se o Argo teve um começo ruim, o Mobi vem ganhando espaço mês a mês. O subcompacto deverá obter, em junho, sua melhor posição no ranking desde que foi lançado, no ano passado.
Considerando os emplacamentos registrados de 1º a 28 de junho, o Mobi é sétimo colocado no ranking. Ele registrou 5.860 unidades vendidas.