Você está lendo...
Automóveis da Fiat despencam no ranking
Notícias

Automóveis da Fiat despencam no ranking

Sem a soma das vendas de comerciais leves, marca é apenas sexta colocada entre as montadoras que mais vendem carros no Brasil

03 de abr, 2017 · 4 minutos de leitura.

Publicidade

 Automóveis da Fiat despencam no ranking
Mobi é agora o carro de passeio mais vendido da marca; ele ocupa o 15º lugar

Líder de vendas entre as montadoras do Brasil durante a maior parte desse século, a Fiat teve um resultado ruim no mês passado. Considerando apenas as vendas de carros de passeio, a montadora ficou em sexto lugar no ranking de vendas, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

Leia também
Kicks tem ’empate técnico’ com Renegade em vendas
Volvo inicia pré-venda do XC60 no Brasil

Publicidade


Os emplacamentos de comercias leves, no entanto, salvaram o mês da marca. Graças à Strada e à Toro, a Fiat foi segunda colocada no ranking que soma as vendas desse tipo de veículo às de carros de passeio. À frente da montadora, ficou apenas a Chevrolet.

O resultado ruim no segmento de carros de passeio mostra que a marca está perdendo terreno em uma briga que sempre dominou, a de modelos compactos. Ex-líder de vendas no Brasil, o Palio obteve um sofrível 24º lugar em março, com 2.836 emplacamentos

Agora, o carro de passeio mais vendido da Fiat é o Mobi. Ainda assim, ele não foi bem no ranking: ficou com o 15º lugar e o registro de 3.902 unidades vendidas.


Também prejudica a marca a falta de representante no segmento de utilitários-esportivos compactos. A maioria de suas concorrentes já tem um veículo no segmento.

Já a Strada teve 4.570 unidades comercializadas e o oitavo lugar em vendas. A Toro, com 4.400 emplacamentos, foi o décimo veículo mais vendido no Brasil em março.

MARCAS


Somando apenas as vendas de automóveis, a liderança é da Chevrolet, com 27.483 emplacamentos, seguida pela Volkswagen (19.215), Hyundai (18.201), Ford (15.830) e Toyota (13.799). A Fiat registrou 13.710 unidades emplacadas.

Com o acréscimo dos emplacamentos de comerciais leves, a Chevrolet teve 31.010 unidades vendidas e a Fiat, 23.449. Em seguida, aparece a Volkswagen, com 23.449 emplacamentos, seguida pela Hyundai (18.598) e a Ford (16.824).

Veja abaixo os 20 carros mais vendidos no País em março:


Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”