TIÃO OLIVEIRA
Em cerca de 20 dias a Volkswagen começa a vender no País a Amarok com câmbio automático. A novidade corrige com louvor o maior defeito da picape: não havia opção de transmissão sem pedal de embreagem. Avaliamos com exclusividade o modelo argentino com caixa de oito marchas (inédita no segmento), cuja tabela parte de R$ 135.990.
A transmissão será oferecida na configuração de topo, com motor diesel biturbo e tração 4×4. O propulsor traz melhorias e rende 180 cv, ganho de 17cv.
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O resultado é que a Amarok, que já oferecia respostas e dirigibilidade dignas de automóveis, ficou ainda melhor. A semelhança com o sedã Jetta, inclusive no acabamento bem feito, mas simplório, passa a ser o ponto negativo da picape média.
O torque, que era bom, aumentou pouco: menos de 5%. Na prática isso não fez diferença, pois os mais de 40 mkgf estão disponíveis cedo, a partir das 1.750 rpm. Isso se traduz em acelerações vigorosas e retomadas de velocidade sem grande esforço.
Avaliada em trecho urbano e rodoviário, a nova picape, que chega como parte da linha 2012, se mostrou impecável em qualquer situação. Na cidade, seu bom diâmetro de giro (12, 9 metros) se traduz em manobras feitas com facilidade.
Nem parece que a Amarok tem mais de 5 metros de comprimento. O sensor de obstáculos na traseira, que inclui sinal sonoro e visual na tela central do painel, colaboram para isso.
Na estrada, é só alegria. Com os vidros fechados e rodando a 80 km/h, o único ruído a bordo é o zunido do vento batendo contra a carroceria. Basta pisar mais forte no acelerador para a picape dar um empuxo e saltar para frente sem vacilar.
Com a alavanca do câmbio em posição D (Drive), as passagens de marcha lembram as de sedãs. As trocas sequenciais ocorrem de forma suave e sem sustos.
As suspensões mantiveram o bom acerto. Mesmo tendo mais de duas toneladas, a VW se mantém firme em curvas. Seus freios também dão conta do recado.