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Avaliação: G 55 AMG é um Mercedes valentão
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Avaliação: G 55 AMG é um Mercedes valentão

Gira-se a chave e o motor V8 5.5 de 507 cv acorda com um rugido. Em movimento, são necessários apenas 5,5 segundos para atingir os 100 km/h. Parece que estamos falando de um esportivo, mas trata-se do Mercedes-Benz G 55 AMG

16 de nov, 2011 · 4 minutos de leitura.

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 Avaliação: G 55 AMG é um Mercedes valentão

LUÍS FELIPE FIGUEIREDO

Gira-se a chave e o motor V8 5.5 de 507 cv acorda com um rugido. Em movimento, são necessários apenas 5,5 segundos para atingir os 100 km/h. Parece que estamos falando de um esportivo, mas trata-se do Mercedes-Benz G 55 AMG, jipão de 2,5 toneladas tabelado a US$ 295 mil (cerca de R$ 500 mil).

Rival do Land Rover Range Rover Vogue (R$ 416 mil na versão V8 5.0 Supercharged), é produzido quase à mão na Áustria, em uma fábrica de caminhões. Depois, recebe o tratamento da divisão de preparação da Mercedes.

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Com câmbio automático de cinco marchas e tração 4×4, faz poucas concessões. Entre elas, botões para acionar a reduzida e os bloqueios dos diferenciais (dianteiro, traseiro e central). Também há ABS, faróis bixenônio e controle de estabilidade.

A carroceria, com partes de aço e plástico, é montada sobre chassi e os eixos são rígidos na dianteira e na traseira, com molas helicoidais (nada das pneumáticas, como no Range Rover). Os ocupantes chacoalham a bordo, percebendo cada ondulação do piso. E a carroceria do jipão inclina bastante em curvas.

As rodas de liga leve com pneus 275/55 R19 para asfalto enganam. O G 55 AMG vai incrivelmente bem na lama e supera obstáculos com facilidade.


Esse lado rústico, praticamente intacto desde seu surgimento, em 1979, é suavizado pelo luxo sem economias do interior. Inclui sistema de som e leitor de DVDs, tem detalhes de madeira no painel e volante, teto revestido de alcântara, resfriador dos bancos dianteiros (todos são de couro) e até câmera e sensores atrás para ajudar a estacioná-lo.

Esse G também não economiza com os 96 litros de gasolina do tanque. Aferindo pelo computador de bordo, fez 4,5 km/l.


Nas ruas, chama a atenção não só pelo urro que sai do escapamento quando se acelera fundo e pelo porte avantajado, mas por ser raro. Desde seu relançamento no País, em 2008, foram vendidas apenas 25 unidades, dez delas neste ano. É comum alguém perguntar “que carro é esse?” e fazer cara de espanto e dúvida ao ouvir que se trata de um legítimo Mercedes-Benz.

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.