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Avaliação: Honda HR-V EXL 2024 surpreende com tecnologias, mas falta turbo
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Avaliação: Honda HR-V EXL 2024 surpreende com tecnologias, mas falta turbo

Honda HR-V EXL ganha carregador de celular sem fio na linha 2024 e capricha nos conteúdos tecnológicos e no consumo, mas deve mais desempenho

Diogo de Oliveira

31 de jul, 2023 · 8 minutos de leitura.

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Honda HR-V EXL 2024 SUVs mais vendidos
Honda HR-V aumenta de preço na linha 2024
Crédito:Diogo de Oliveira/Estadão

Com mais de 20,5 mil unidades emplacadas no primeiro semestre de 2023, o Honda HR-V é um dos SUVs mais vendidos do mercado brasileiro neste ano. E tem apenas 12 mil unidades a menos que o líder de vendas no período, o VW T-Cross.

O SUV compacto da Honda surgiu no Brasil ainda em 2014, no Salão do Automóvel de São Paulo daquele ano. E chegou às lojas da marca japonesa no País logo no início de 2015. Por dois anos, foi o líder de vendas da categoria, superando o Jeep Renegade, que ainda não trocou de geração desde então.

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Mas o novo Honda HR-V é bom negócio?

Diferente de alguns anos atrás, o Honda HR-V não disputa mais a liderança da categoria faz um tempo. Embora tenha produção nacional na fábrica de Itirapina, no interior de São Paulo, o SUV ficou bem mais caro que na geração anterior, com preço inicial de R$ 150.400 na versão de entrada EX. Já o HR-V EXL 2024, que recebemos no Jornal do Carro, tem tabela de R$ 159.600, ou seja, uma boa diferença.

Mas a versão intermediária já vem de fábrica bem melhor equipada, com faróis e lanternas 100% iluminados com LEDs. Bem como o multimídia com tela de 8 polegadas e espelhamento sem fio com Apple CarPlay e Google Android Auto. Além disso, há os assistentes semiautônomos, e o sistema Lane Watch, com uma câmera no retrovisor direito que projeta a imagem lateral no multimídia. Por fim, traz o carregador de celular por indução.

Honda HR-V EXL 2024
Diogo de Oliveira/Estadão

SUV tem avançados sistemas de segurança

Em resumo, nesta terceira geração (a primeira não veio ao Brasil), o Honda HR-V dá um salto tecnológico. O SUV traz recursos de condução semiautônoma em todas as versões. O pacote Sensing reúne, por exemplo, assistente de manutenção de faixa, que corrige o volante se notar que o veículo está saindo da trajetória, frenagem automática de emergência, que pode evitar colisões no trânsito, e farol alto automático, um recurso valioso em viagens noturnas.

Outro item importante nessa lista é o controle de cruzeiro adaptativo (ACC). O equipamento permite ajustar a velocidade desejada e tem a função Stop And Go, que acelera e freia sozinho, acompanhando o trânsito à frente. O recurso é acionado pelos botões à direita no volante, e o motorista pode ajustar a distância em relação ao carro da frente, se quer ficar mais próximo ou distante.

Honda HR-V EXL 2024
Diogo de Oliveira/Estadão

Além disso, ganhou estilo mais moderno e elegante. A mudança visual, aliás, é bem grande em relação ao modelo anterior. O novo Honda HR-V é menos abaulado, com uma linha de cintura alta e plana que vai até as lanternas. Atrás, o conjunto óptico é estreito e moderno, com detalhes que criam efeito tridimensional e iluminação Full LEDs, e fica em posição elevada. Já o teto tem um leve caimento na porção traseira e dá um toque esportivo.

Honda HR-V EXL 2024
Diogo de Oliveira/Estadão

Desempenho é ponto fraco, consumo compensa

O ponto mais discutível do novo Honda HR-V é a escolha do conjunto mecânico. Nas versões de entrada, o SUV traz motor 1.5 flex aspirado com injeção direta e capaz de gerar 126 cv de potência. Já o torque máximo alcança 15,5 mkgf com gasolina e até 15,8 mkgf com etanol, em ambos os casos a 4.600 rotações por minuto. Assim, com o câmbio automático do tipo CVT, tem desempenho modesto, embora até ande bem por ser relativamente leve (1.309 kg).


Mesmo assim, ao volante, o motor aspirado demora a desenvolver. O que desaponta em certos momentos, como em ultrapassagens na estrada. Por outro lado, o consumo é um ponto positivo. No Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBVE) do Inmetro, o SUV faz médias de 8,8 km/l com etanol e até 12,7 km/l com gasolina na cidade. Já na estrada, os números sobem para 9,8 km/l e 13,9 km/l, respectivamente. Assim, o modelo tem nota “B” no ranking geral e por categoria.

Honda HR-V EXL 2024
Diogo de Oliveira/Estadão

Ademais, o Honda HR-V tem ótimo ajuste de suspensão, e entrega uma direção macia, mas com alta precisão. Assim como um rodar firme e estável. O espaço interno também agrada, com 2,61 metros de distância entre-eixos. Há espaço de sobra para cinco adultos a bordo. O acabamento é bem feito e transmite qualidade. Como ponto negativo, o porta-malas ficou menor nesta troca de geração e agora tem 354 litros de volume – antes eram 437 litros.


Ao menos há a solução do Magic Seat, com os assentos traseiros modulares que permitem subir o assento ou rebater totalmente os encostos. Dessa forma, obtém-se mais espaço para bagagens ou até objetos mais altos, como vasos de plantas. Entretanto, o HR-V não é grande o suficiente para justificar o preço de R$ 159.600, que é considerado alto até mesmo para clientes de Civic mais antigos, de 2017 e 2018, por exemplo. E você, curte o Honda HR-V?

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Fiat Fastback ou Honda HR-V: qual SUV levar por R$ 150.000?

Prós

  • SUV surpreende pelo alto nível tecnológico e pela qualidade construtiva da cabine; ajuste de direção e suspensão agrada, assim com o consumo

Contras

  • Sem opção de motor turbo, o HR-V EXL deve um pouco mais de desempenho em acelerações e retomadas; SUV encareceu muito após a troca de geração

Ficha Técnica

Honda HR-V EXL 1.5 CVT 2024

Preço

R$ 159.600

Motor

1.5, 16V, injeção direta, flex

Potência

126 cv a 6.200 rpm

Torques

15,5 mkgf (G) e 15,8 mkgf (E) a 4.600 rpm

Câmbio

Automático CVT com 7 marchas virtuais

Tração

Dianteira

Rodas e pneus

215/60 R17

Comprimento

4,33 m

Largura

1,79 m

Altura

1,59 m

Entre-eixos

2,61 m

Tanque de combustível

50 litros

Porta-malas

354 litros

Peso (ordem de marcha)

1.309 kg

Altura livre do solo

185 mm

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Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.