Após 3 anos de sua apresentação mundial, a Bugatti confirmou que o Centodieci entrou em produção oficialmente. O hiperesportivo, feito para a comemoração dos 110 anos da marca em 2019, terá 10 unidades produzidas no total. Todas, inclusive, já previstas para serem entregues até o final deste ano. Um dos donos desse modelo, que parte dos 8 milhões de euros – R$ 42 milhões na conversão atual – é o atual atacante do Manchester United e da seleção portuguesa, Cristiano Ronaldo.
De acordo com a Bugatti, a demora para o início da produção do Centodieci se deu por conta dos inúmeros testes feitos nos últimos anos. Para se ter uma ideia, o supercarro percorreu mais de 50 mil km na pista de Nardò, na Itália. Além dos 1.200 km por dia, o modelo também passou por temperaturas extremas, tanto no calor das estradas da Califórnia, quanto em um frio de -20°C.
“Durante horas, o protótipo branco correu uma volta após a outra. Quilômetro após quilômetro. Três motoristas se revezaram 24 horas por dia para testar todas as funções, gravando e registrando a mais leve anormalidade. Eles experimentam diferentes perfis de rota em todas as faixas de velocidade, às vezes dirigindo devagar, às vezes em velocidade máxima, dia e noite”, afirmou Carl Heilenkötter, gerente de projeto responsável.
1.600 cavalos de potência
Inspirado no Bugatti Chiron, o novo supercarro possui motor W 8.0 de 16 cilindros, que oferece impressionantes 1.600 cv de potência máxima. O conjunto acompanha um câmbio automático de sete marchas e tem tração integral. De acordo com os dados divulgados, a aceleração de 0 a 100 km/h é feita em curtos 2,4 segundos. A velocidade máxima é de 380 km/h.
No anúncio, Carl ainda afirmou que os testes, bem como as diversas avaliações, foram feitas pois a expectativa é de que o Centodieci seja referência em funcionalidade e durabilidade. Portanto, o desejo é que o supercarro continue oferecendo “uma experiência única de condução” mesmo após 100 anos.
”O Centodieci é deliberadamente levado ao seu limite de carga a fim de garantir uma direção perfeita e confiabilidade absoluta ao mais alto nível, mesmo em situações extremas. Mesmo que a maioria dos carros nunca atinja esta faixa de carga, ela é testada. Esta é a filosofia da marca, e é por isso que fazemos este enorme esforço para testar”, explicou.
Bugatti-Rimac, startup de hipercarros
Vale lembrar que, em novembro do ano passado, a Bugatti, antes controlada pelo Grupo Volkswagen, se uniu à Rimac – fabricante croata de superesportivos elétricos. A startup, selada pela Porsche, pretende ser a maior fabricante de hipercarros do mundo.
A nova empresa terá sede em Sveta Nedelja, cidade da região metropolitana de Zagreb, na Croácia. A fusão se consumou no dia 1º de novembro, menos de quatro meses após o anúncio da joint-venture.
Dessa forma, a Bugatti-Rimac terá 45% dos papéis sob posse da Porsche, que tem participação na Rimac Automobili desde 2018. E os 55% são da croata Rimac, que passa, então, a ser majoritária.