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Câmeras flagram infrações na Rússia
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Câmeras flagram infrações na Rússia

Apesar do alto valor das multas, maior problema em manobras perigosas são os acidentes

16 de jan, 2015 · 3 minutos de leitura.

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 Câmeras flagram infrações na Rússia
Apesar do alto valor das multas, maior problema em manobras perigosas são os acidentes

A ultrapassagem arriscada é responsável no Brasil por cerca de 11% das multas aplicadas no trânsito. E aos que acham que é até um percentual baixo, basta dizer que estamos falando de 11% de 3 milhões de multas aplicadas em 2013 pela Polícia Rodoviária Federal, o que equivale à quantia de 359.431 multas apenas para esse tipo de infração, que é também o responsável por uma parcela bastante grande no número de acidentes, inclusive os fatais, já que nesses casos as colisões são quase sempre frontais.

Os dois vídeos abaixo, gravados por câmeras de painel na Rússia, mostram os resultados dessa conduta. E olha que casos como esses são os mais leves.

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O motorista do Lada, no primeiro vídeo, gravado na região de Samara, é praticamente um suicida. O cara lembrou que esqueceu algo em casa e simplesmente executou uma manobra de inversão, chamada de cavalo de pau, na via, para voltar. Não contente, distraiu-se, muito provavelmente com o passageiro do seu carro e simplesmente bateu em cheio na traseira do carro que trafegava inocentemente pela faixa da direita.

O segundo clipe mostra os condutores impacientes, que não conseguem se conter e respeitar o tráfego, ultrapassando pela contramão. E em uma estrada forrada pela neve. A aventura saiu até barata para o inconsequente.

No Brasil. Em novembro de 2014, algumas mudanças foram sancionadas no Código Nacional de Trânsito e boa parte delas diz respeito a multas. A manobra feita com o Lada, por exemplo, é sujeita a punição de R$ 1.915,40 e considerada gravíssima, adicionando 7 pontos ao prontuário do condutor. Antes da mudança, a multa era de apenas R$ 191,54.


A ultrapassagem pela contramão feita no segundo vídeo atualmente é passível de multa do mesmo valor. Antes, o infrator multado pagava somente R$ 127,69.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”