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Caoa Chery líder, BYD supera GWM: a disputa entre marcas chinesas
Mercado

Caoa Chery líder, BYD supera GWM: a disputa entre marcas chinesas

Entre as vendas gerais, marcas chinesas tem mostrado seu valor, liderando rankings entre os elétricos e híbridos no último mês de agosto

Rodrigo Tavares, Especial para o Jornal do Carro

11 de set, 2023 · 5 minutos de leitura.

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Caoa Chery
Disputa entre marcas chinesas pelo consumidor final movimenta o mercado de venda de automóveis novos
Crédito:Caoa Chery/Divulgação

O mercado de automóveis no Brasil está mais movimentado, graças à disputa entre as novidades vindas das marcas chinesas GWM, BYD e Caoa Chery, por exemplo. No último mês de agosto, elas já figuravam entre o top 15 das marcas mais vendidas do País, segundo o ranking da Fenabrave. O destaque fica para a Caoa Chery, que vendeu 3.151 automóveis, na 11.ª colocação geral.

Logo em seguida está a BYD, que vendeu 1.455 modelos no último mês, seguida de perto pela GWM, com uma diferença de apenas 3 unidades, com 1.452 carros vendidos. A disputa acirrada refletida nos números é alimentada pelo consumidor, cada vez mais inclinado às novidades oferecidas pelas marcas do setor.



Dolphin elétricos
BYD Dolphin lidera entre os elétricos mais vendidos em agosto (Vagner Aquino/Jornal do Carro)

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Isso também é visível quando comparamos os dados nas vendas de veículos elétricos, por exemplo. Só no último mês, o BYD Dolphin assumiu a liderança entre os elétricos mais vendidos do País, com uma diferença de 218 carros para o segundo colocado. Além disso, manteve a BYD no topo das marcas entre os elétricos mais vendidos, superando nomes tradicionais como a Volvo, por exemplo. É o que informa um levantamento feito por Marcelo Cavalcante, para o site Use Elétrico.

Além disso, em outro levantamento de mesma autoria, outra marca chinesa, a GWM, tem dado trabalho à Toyota, e tomou a liderança entre os híbridos mais vendidos. O modelo Haval H6 superou o Corolla Cross no mês de agosto, com uma diferença de 441 unidades vendidas. No acumulado do ano todo, a versão sedã do Corolla híbrido ainda está na frente, mas a diferença começa a diminuir: são 4.881 unidades para o Toyota, e 4.567 para o SUV chinês, por exemplo.

Aumento do interesse por marcas chinesas movimenta o mercado

GWM ORA 03
GWM Ora é novidade que pode movimentar o mercado (GWM/Divulgação)

O crescimento das vendas e do interesse do público e das vendas também se evidencia de outras formas. Recentemente, o JC noticiou a chegada de um grande carregamento, via marítima, de novos modelos das marcas BYD e GWM, no porto de Vitória (ES), no último dia 29. Os mais de 2.700 veículos já tem destino certo: os pátios das montadoras e a posterior entrega aos clientes, por exemplo.

Para os que esperam por um dos novos 4 mil BYD Dolphins encomendados, por exemplo, a chega dos modelos é bem-vinda. Entretanto, não supre a demanda. Assim, segundo a Câmara de Comércio Brasil-China, cerca de 8 mil carros chineses entraram no País somente no primeiro semestre deste ano. O número deve aumentar em decorrência do alvoroço causado pelo Dolphin, que obrigou a concorrência a baixar seus preços, por exemplo.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.