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Carro popular: desconto vai acabar nesta semana e preços devem subir
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Carro popular: desconto vai acabar nesta semana e preços devem subir

Com o fim do pacote do carro popular, governo encerrará descontos entre R$ 2.000 e R$ 8.000 para compra do carro-zero; novos preços ainda são incertos

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

26 de jun, 2023 · 5 minutos de leitura.

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carros renault kwid fiat mobi
Renault Kwid tem tabela inicial em R$ 71 mil
Crédito:Renault/Divulgação

Com mais de 90% dos créditos disponíveis já solicitados pelas montadoras, o decreto do carro popular se aproxima do fim para os automóveis. Embora o Governo Federal tenha informado na última semana que prorrogou a validade da Medida Provisória por mais 15 dias, o rápido crescimento da demanda pelos carros de entrada deve esgotar o crédito antes do previsto. Dessa forma, os primeiros modelos que devem voltar aos preços anteriores deverão ser justamente os que foram mais beneficiados pela MP.



Entre os destaques, estão hatches e sedãs compactos. Dentre eles, têm, por exemplo, Fiat Mobi, Argo e Cronos, Renault Kwid, Citroën C3, Peugeot 208, Hyundai HB20 e VW Polo Track. E tem até SUVs, como Fiat Pulse e Nissan Kicks, por exemplo.

Fiat Mobi carro popular preço
Fiat/Divulgação

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É fato que os preços dos modelos em questão vão subir. A dúvida que fica, portanto, é se os valores ficarão exatamente como antes da MP, ou se as montadoras vão aproveitar o fim do desconto para subir a régua em relação ao que era praticado anteriormente. O Jornal do Carro tentou sondar o tema com algumas fabricantes. Parte delas não retornou aos nossos contatos. Mas, a Stellantis, por exemplo (que responde pela maior fatia de carros contemplados pelos descontos), afirma que “não comenta especulações”.

Hatches, sedãs e SUVs

Seja como for, com base no otimismo de que as montadoras mantenham os preços anteriores, separamos uma lista com 15 diferentes modelos. Confira abaixo:

  • Renault Kwid Zen – de R$ 58.990 para R$ 68.990
  • Fiat Mobi Like – de R$ 58.990 para R$ 68.990
  • Citroën C3 Live 1.0 – de R$ 62.990 para R$ 72.990
  • Peugeot 208 – de R$ 62.990 para R$ 69.990
  • Hyundai HB20 Sense – de R$ 69.990 para R$ 82.290
  • Fiat Argo Drive 1.0 – de R$ 71.790 para R$ 79.790
  • Volkswagen Polo Track – de R$ 73.370 para R$ 81.370
  • Chevrolet Onix 1.0 – de R$ 76.390 para R$ 84.390
  • Fiat Cronos – de R$ 71.990 para R$ 84.790
  • Hyundai HB20S Comfort – de R$ 83.890 para R$ 91.890
  • Chevrolet Onix Plus LT 1.0 – de R$ 90.390 para R$ 96.390
  • VW Virtus 1.0 TSI – de R$ 98.890 para R$ 104.390
  • Fiat Pulse Drive 1.3 – de R$ 89.990 para R$ 100.990
  • Citroën C4 Cactus Live 1.6 – de R$ 100.990 para R$ 108.990
  • Jeep Renegade 1.3 Turbo – de R$ 115.990 para R$ 125.990
Jeep Renegade
Jeep/ Divulgação

A MP

Para quem não se lembra, cabe recordar como surgiu essa história. No começo deste mês, o governo anunciou os detalhes do pacote do carro popular. A princípio, a ideia consistia em cortar impostos (redução de 1,5% até 10,96% no IPI e PIS/Cofins), mas o decreto foi alterado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Assim, o desconto passou a ser concedido em valores. Entre R$ 2.000 e R$ 8.000, direto no preço final do carro comprado.

Os descontos do “carro popular” podem alcançar valores maiores, afinal, fica a critério de fábricas e concessionárias. A definição das faixas de desconto, cabe salientar, levou em conta três critérios. São eles: menor preço, eficiência energética e conteúdo nacional.

De início, a ideia do governo era de que o teto de R$ 500 milhões destinados para o programa durasse quatro meses. Entretanto, os créditos tributários disponíveis para o programa já estão perto do fim. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Comércio e Indústria (MDIC), o gasto, na semana passada, já superava 80% do total (R$ 400 mi).


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