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Carros lendários do Grupo B de Rally irão a leilão
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Carros lendários do Grupo B de Rally irão a leilão

Modelos do calibre de Ford RS200 1986 e Audi Sport Quattro S1 1985 estão no lote

Redação

16 de jun, 2017 · 4 minutos de leitura.

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Crédito:Bonhams

A casa de leilões Bonhams irá leiloar, no dia 18 de agosto, sete lendas do Grupo B de rally. Os modelos, no geral, estão em ótimas condições e possuem baixa quilometragem.

O Lancia Delta S4 Stradale, de 1985, tem supercharger e um turbo, podendo ser considerado um dos hatchbacks mais exclusivos já produzidos. O carro possui 486 cv e teve somente um dono em toda a sua história, justificando a quilometragem na faixa dos 9 mil quilômetros.

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Já o Ford RS200 1986 conta com tecnologia AWD de direção e motor Cosworth de 1.8 litros e 253 cv. O modelo leiloado teve somente um dono desde 1989 e está com o interior e o exterior intactos. O pacote inclui, inclusive, a caixa de ferramentas que vinha junto com o carro.

Versão turbinada do RS200, uma unidade do RS200 Evolution, de 1986, também marcará presença no evento. A diferença em comparação com seu irmão mais tranquilo está no motor Cosworth 2.1 com impressionantes 608 cv de potência.


O Peugeot 205 Turbo 16 1985 se junta ao grupo com um motor entre os dois eixos de 202 cv e, assim como seus outros companheiros de linha de montagem, possui pintura em cinza-escuro. Seu odômetro registra apenas 1,2 mil quilômetros.


Único representante da Audi no leilão, o Sport Quattro S1 1985 vem equipado com o icônico sistema de direção da montadora alemã e possui a assinatura de Walter Röhrl sob o volante. A força é gerada por um propulsor de cinco cilindros de 304 cv e transmitida por um câmbio manual de cinco velocidades. A Audi produziu mais de 200 unidades do carro, mas apenas 164 acabaram sendo realmente vendidas.

O conjunto de carros que estará no leilão da Bonhams é finalizado com a presença de dois outros modelos da Lancia: o Lancia-Abarth 037 Stradale, de 1983, e o Lancia Stratos HF Stradale, de 1975. O modelo mais novo possui corpo composto de uma mistura de Kevlar com fibra de vidro, motor central de 207 cv, câmbio de cinco velocidades e apenas 9,4 mil quilômetros rodados.


O Lancia de 1975 foi desenhado e construído pelo estúdio Bertone e conta com um propulsor enfraquecido vindo de um carro do Grupo 4 de 2.4 litros, seis válvulas e 194 cv. A aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 6,8 segundos e a velocidade máxima bate na casa dos 232 km/h.


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”