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Carros novos vendidos em 2023 poluem mais que os zero-km há 10 anos 
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Carros novos vendidos em 2023 poluem mais que os zero-km há 10 anos 

Estudo feito no Reino Unido revela que SUVs e sua alta demanda não contriubem positivamente para o meio ambiente, mas carros mais antigos sim

Rodrigo Tavares, especial para o Jornal do Carro

23 de out, 2023 · 4 minutos de leitura.

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Hyundai
Estudo revela que modelos vendidos em 2023 são mais poluentes que outros feitos anos atrás
Crédito:Hyundai/Divulgação

É comum pensar que veículos com tecnologia moderna e atualizada, somadas a leis de emissões cada vez mais restritas, resultem em menos emissões. Ao menos em teoria, carros produzidos hoje deveriam produzir menos poluição do que algo feito há pelo menos 10 anos, entretanto, um novo estudo diz o oposto, graças ao aumento na procura por SUVs.

O estudo pelo grupo de ação climática Possible e relatado no jornal The Guardian, afirma que um veículo médio de combustão interna produzido este ano, é mais poluente do que um similar feito 10 anos atrás. Isso se deve pela preferência do público por SUVs, que consomem mais, devido ao peso. Assim, são menos eficientes e emitem mais CO2 que automóveis, por exemplo.



Os fatos podem não parecer novidades ou tampouco alarmantes. Mas a virada de chave do mercado, em prol de veículos maiores e menos eficientes, na última década, é. O estudo aconteceu no Reino Unido, quinto maior consumidor dos veículos a combustão mais poluidores. 

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Blazer EV e Equinox EV
Segundo o estudo, elétricos podem ser a solução (Chevrolet/Divulgação)

No estudo, revelou-se que os SUVs britânicos, em sua maioria, eram provenientes de lugares ricos. Áreas como Chelsea e Kensington, onde um veículo com capacidade off-road não se faz necessário, no entanto. Possible argumenta que esses compradores poderiam adquirir veículos elétricos, e, por essa razão, pede aos legisladores que se institua um imposto baseado em emissões, por exemplo.

Carros recebem denominação diferente nos EUA

A situação muda de figura, quando fala-se nos Estados Unidos, por exemplo. Por lá, crossovers e SUVs ficam classificados como “light trucks” (caminhões leves). Isso significa que montadoras não estão sujeitas aos mesmos regulamentos de emissões exigidos em carros. Assim, é possível compreender a decisão de algumas marcas em parar de produzir sedãs, por exemplo. Contudo, até que se regule corretamente esta brecha na lei, mais SUVs continuarão em produção.


Segundo o estudo, um modelo feito em 2017 é menos poluente do que um SUV feito hoje (FELIPE RAU/ESTADÃO)

Por fim, junto à maior produção de SUVs, o número de acidentes por atropelamento, mortes por impacto frontal, a maior chance de capotamento e demais riscos contribuem para má fama dos SUVs diante de carros menores. Em matéria de custo-benefício, a Possible afirma que o carro menos poluente que se pode comprar hoje em dia, no Reino Unido, tem pelo menos 7 anos de uso.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.