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Chery mostra Celer fabricado no Brasil
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Chery mostra Celer fabricado no Brasil

Compacto passa a ser produzido em Jacareí (SP) e tabela parte de R$ 38.990 na versão hatch

14 de abr, 2015 · 6 minutos de leitura.

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 Chery mostra Celer fabricado no Brasil
Celer recebeu reestilização e mais potência no motor 1.5

Primeira marca chinesa a conseguir instalar fábrica no Brasil, a Chery mostrou o Celer nacional, produzido na fábrica da marca em Jacareí (SP). O modelo está sendo oferecido nas configurações hatch, cuja tabela parte de R$ 38.990, e sedã, que custa R$ 39.990. O carro recebeu uma atualização no visual em relação à versão importada da China. São novos faróis, grade e para-choque dianteiro. Atrás, o sedã tem uma nova tampa do porta-malas e lanternas com LEDs.

A motorização também teve mudanças. O 1.5 16V flexível rende agora até 113 cv de potência e 15,5 mkgf de torque com etanol – antes eram 108 cv e 14 mkgf. O câmbio é sempre manual de cinco marchas. Por enquanto, a marca não fala sobre a adoção de uma transmissão automática para o modelo.

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Já o sedã é, na verdade, um notchback, cuja tampa do porta-malas se abre junto com o vidro traseiro, e revela um amplo vão para colocação de bagagens nos 450 litros disponíveis. O hatch ainda leva razoáveis 380 litros no bagageiro.

Dentro, além de um painel também levemente reestilizado, há boa lista de equipamentos. Em todas as versões são de série itens como ar-condicionado, direção assistida, trio elétrico e até sensores de estacionamento, mas a configuração Act, de topo, disponível para hatch e sedã, adicionam sistema de som com conexões USB e Bluetooth, rodas de liga-leve e alarme antifurto. O pacote Act acrescenta R$ 2.000 ao preço nas duas carrocerias.

Impressões.

Ao volante, o Celer mostra competência. O 1.5 entrega boas respostas mesmo em baixas rotações, auxiliado pelo câmbio com marchas relativamente curtas. O propulsor, no entanto, deve suavidade de funcionamento justamente na faixa onde entrega maior força, entre 3 e 4 mil rotações. A vibração na cabine é bastante perceptível, assim como o ruído. O câmbio tem engates curtos e até precisos.

As suspensões têm acerto bastante macio, que desencorajam qualquer intenção de esportividade. O carro balança nas curvas. Já a direção merecia uma relação mais direta com as rodas e fica devendo precisão. No entanto, o conjunto não chega a passar insegurança. Além disso, o acerto mais voltado ao conforto lida bem com irregularidades no piso. O rodar também consegue ser mais sólido do que as origens chinesas fariam supor.

A ergonomia também é boa, com comandos simples e fáceis de usar, mas não são muitos os porta objetos na cabine. Há apenas um nicho raso à frente do câmbio e um porta copos pequeno junto a outro nicho no console central, atrás do freio de estacionamento, além das bolsas nas portas. O modelo também poderia oferecer comandos do som no volante, ao menos nas versões mais caras.

O Celer, ao menos, consegue ter boa qualidade construtiva e o acabamento, de fato, parece menos ‘barato’ do que o visto em outros carros de marcas chinesas. Plásticos são bem encaixados e parecem mais duráveis e todo o conjunto se mostra adequado ao mercado brasileiro.

*Atualizado às 17:45



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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”