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Chevrolet Corvette híbrido tem 655 cv e acelera de 0 a 100 km/h em 2,5s
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Chevrolet Corvette híbrido tem 655 cv e acelera de 0 a 100 km/h em 2,5s

Corvette E-Ray, com motores V8 e elétrico e tração nas quatro rodas, é revelado no dia em que o esportivo completa 70 anos

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

17 de jan, 2023 · 6 minutos de leitura.

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Corvette
Corvette E-Ray chega aos EUA ainda neste ano por preços a partir de US$ 104.295 (R$ 534 mil)
Crédito:Chevrolet/Divulgação

A Chevrolet escolheu o dia 17 de janeiro para lançar o novo Corvette. Afinal, foi nesta data que, há 70 anos, estreou a primeira geração do esportivo. Agora, como os tempos são outros, o carro ganhou sobrenome E-Ray e tem, como principal novidade, a eletrificação. Desse modo, une o motorzão 6.2 LT2 V8 Small Block Vcom a outro elétrico posicionado na dianteira. Como resultado, além de ser híbrido o carro tem, pela primeira vez na história, tração nas quatro rodas.

Corvette
Chevrolet/Divulgação

Disponível nas configurações cupê com parte do teto removível e conversível com capota rígida, o E-Ray é o Corvette de produção mais rápido da história. De acordo com a Chevrolet, o carro pode acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 2,5 segundos.

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Resultado dos 495 cv de potência e brutais 65 mkgf de torque do motor a combustão. Bem como dos 165 cv e 17,3 mkgf gerado pelo elétrico. A bateria tem 1,9 kWh de capacidade e fica sob os assentos. Conforme a fabricante, no total o trem de força do Corvette E-Ray produz 655 cv de potência.

A Chevrolet explica, em comunicado, que, durante situação de direção vigorosa e em ambientes de baixa tração, o sistema eAWD do E-Ray aplica potência adicional às rodas dianteiras. Ou seja, isso também aumenta a estabilidade do esportivo.



Como se trata de híbrido leve, não há carregamento das baterias em tomadas, por exemplo. Assim, a eletricidade é gerada pelo sistema regenerativo das forças de frenagem. Bem como durante a condução normal. Seja como for, o Corvette E-Ray também pode rodar apenas no modo 100% elétrico.


Dá para sair de mansinho

Assim, com o Stealth Mode acionado, o carro é movido a eletricidade. Assim, ao ser selecionado na hora da partida, dá para sair silenciosamente e, assim, não incomodar os vizinhos com o roncão do V8. Mas, neste caso, a velocidade máxima é de 72 km/h. Depois, o motor a gasolina entra em ação de forma totalmente automática.

Corvette
Chevrolet/Divulgação

De acordo com a Chevrolet, há seis opções de modos de condução. São elas: Tour, Sport, Track, Weather, My Mode e Z-Mode. Dá, ainda, para escolher o recurso Charge+, que aproveita melhor a carga da bateria.


O aplicativo E-Ray Performance fornece ao motorista, por meio do dispositivo de conectividade do carro, informações sobre o funcionamento do sistema de propulsão em tempo real. Além disso, há três formatos de exibição, que priorizam dados do motor elétrico, do V8 e de ambos juntos.

Design

No visual, o Corvette E-Ray é bem parecido com a versão Z06. Destaque para as rodas de liga leve com desenho exclusivo e cinco raios. Conforme a marca, elas têm 20 polegadas e 21″. Ademais, há freios da Brembo com discos de carbono-cerâmica e três configurações de ajuste da suspensão.

Chevrolet/Divulgação

No total, a Chevrolet oferece 14 opções de cor para a carroceria. Há, ainda, faixas transversais, pontas de escapamento pintadas de preto e detalhes de fibra de carbono. Da mesma forma, existem várias opções de personalização para a cabine.

De acordo com a GM, as vendas do Chevrolet Corvette E-Ray 2024 começam ainda neste ano. O preço sugerido, nos Estados Unidos, onde o carro é fabricado, será de US$ 104.295 para a versão cupê. Para a conversível a tabela parte de US$ 111.295. Ou seja, são R$ 530 mil e R$ 600 mil, respectivamente, na conversão direta, sem taxas.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.