Um dos grandes sucessos do mercado nacional volta e meia aparece em manchetes Brasil afora: o Chevrolet Monza. Sedã médio da GM, foi fabricado no País entre 1982 e 1996, rivalizou com nomes como VW Santana e Fiat Tempra, e deixou uma legião de fãs órfãos do modelo. Entretanto, um modelo de mesmo nome é vendido atualmente pela Chevrolet na China. Poderia ele vir ao Brasil?
Sejamos diretos: não, ao menos por enquanto. Mas como manda o bom jornalismo, um pouco de contexto. O Monza feito na China é um substituto para outro sedã conhecido dos brasileiros: o Chevrolet Onix. Por mais confuso que possa parecer, faz sentido. No mercado chinês, o Onix não vendeu bem, e motivou a GM a usar outro modelo de entrada por lá, o Monza.
Na China, o modelo chegou em 2018, e em 2020 passou a ocupar a vaga deixada pelo Cruze, por exemplo. Do sedã médio, ele também herdou a plataforma D2XX, e recentes atualizações deixaram o modelo com um visual mais premium, que em nada remete ao longevo modelo brasileiro.
Visto de perfil, o Monza chinês guarda certa semelhança com o Onix, mas tem seus detalhes de estilo vindos de modelos vendidos na China, como o SUV cupê Seeker, por exemplo. Curiosamente, no entanto, seu entre-eixos é menor que o do Cruze, de 2,65 metros, contra 2,70 m. Contudo, é 5 cm maior que o do Onix Plus, por exemplo.
Chevrolet Monza chinês tem conjunto híbrido-leve e 20 km/l
Tecnológico, o modelo tem duas telas de 10,25’’ integradas, englobando o painel e a central multimídia. Sob o capô, um trunfo: duas opções de motor. A primeira, para o carro básico, com um 1.5 quatro cilindros e 109 cv, e 14,3 mkgf de torque. A segunda é um conjunto híbrido-leve, de 48V, com 163 cv e 23,4 mkgf. Nela, seu consumo é de 20 km/l no urbano, e 20,9 km/l no rodoviário, por exemplo.
No atual momento da GM no Brasil, o foco para o mercado é diferente, e não envolve o nome “Monza” em seus planos, por mais que seu conjunto híbrido-leve seja interessante ao consumidor nacional. Além disso, a linha Onix ainda vende bem, por exemplo, mas não há certeza sobre o futuro do sedã e hatch no Brasil. Para todos os efeitos, o modelo se junta ao Corsa, como um dos saudosos nomes da Chevrolet que não estão cotados para voltarem às lojas do País.
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