Você está lendo...
Chevrolet Monza pode voltar ao Brasil? Sedã ainda é feito na China
Mercado

Chevrolet Monza pode voltar ao Brasil? Sedã ainda é feito na China

Sedã de sucesso no Brasil, Chevrolet Monza vendido na China é bem diferente, tem opção híbrida-leve e substituiu Onix Plus e Cruze por lá

Rodrigo Tavares, especial para o Jornal do Carro

13 de abr, 2024 · 4 minutos de leitura.

Publicidade

Chevrolet Monza chinês é híbrido-leve que substitui Onix e Cruze de uma só vez
Crédito:Chevrolet/Divulgação

Um dos grandes sucessos do mercado nacional volta e meia aparece em manchetes Brasil afora: o Chevrolet Monza. Sedã médio da GM, foi fabricado no País entre 1982 e 1996, rivalizou com nomes como VW Santana e Fiat Tempra, e deixou uma legião de fãs órfãos do modelo. Entretanto, um modelo de mesmo nome é vendido atualmente pela Chevrolet na China. Poderia ele vir ao Brasil? 

Sejamos diretos: não, ao menos por enquanto. Mas como manda o bom jornalismo, um pouco de contexto. O Monza feito na China é um substituto para outro sedã conhecido dos brasileiros: o Chevrolet Onix. Por mais confuso que possa parecer, faz sentido. No mercado chinês, o Onix não vendeu bem, e motivou a GM a usar outro modelo de entrada por lá, o Monza.



Chevrolet Monza Verão 90
O atual Chevrolet Monza nada tem a ver com o longevo sedã nacional (Oswaldo L. Palermo/Estadão)

Publicidade


Na China, o modelo chegou em 2018, e em 2020 passou a ocupar a vaga deixada pelo Cruze, por exemplo. Do sedã médio, ele também herdou a plataforma D2XX, e recentes atualizações deixaram o modelo com um visual mais premium, que em nada remete ao longevo modelo brasileiro.

Visto de perfil, o Monza chinês guarda certa semelhança com o Onix, mas tem seus detalhes de estilo vindos de modelos vendidos na China, como o SUV cupê Seeker, por exemplo. Curiosamente, no entanto, seu entre-eixos é menor que o do Cruze, de 2,65 metros, contra 2,70 m. Contudo, é 5 cm maior que o do Onix Plus, por exemplo.

Chevrolet Monza chinês tem conjunto híbrido-leve e 20 km/l

Chevrolet/Divulgação
Chevrolet/Divulgação

Tecnológico, o modelo tem duas telas de 10,25’’ integradas, englobando o painel e a central multimídia. Sob o capô, um trunfo: duas opções de motor. A primeira, para o carro básico, com um 1.5 quatro cilindros e 109 cv, e 14,3 mkgf de torque. A segunda é um conjunto híbrido-leve, de 48V, com 163 cv e 23,4 mkgf. Nela, seu consumo é de 20 km/l no urbano, e  20,9 km/l no rodoviário, por exemplo.

Chevrolet/Divulgação
Chevrolet/Divulgação

No atual momento da GM no Brasil, o foco para o mercado é diferente, e não envolve o nome “Monza” em seus planos, por mais que seu conjunto híbrido-leve seja interessante ao consumidor nacional. Além disso, a linha Onix ainda vende bem, por exemplo, mas não há certeza sobre o futuro do sedã e hatch no Brasil. Para todos os efeitos, o modelo se junta ao Corsa, como um dos saudosos nomes da Chevrolet que não estão cotados para voltarem às lojas do País.


O Jornal do Carro também está no Instagram!

O Jornal do Carro está no Youtube

Inscreva-se
Chevrolet Spin 2025: veja tudo o que mudou no carro de 7 lugares

Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.