José Antonio Leme

25/11/2020 - 8 minutos de leitura.

Chevrolet Onix RS não é esportivo, mas falta pouco para ser

Com visual estiloso e boa dinâmica de direção em conjunto original faltou pouco para o Onix RS justificar seu desejo de ser um esportivo real

ONIX RS TEM ASPECTO VISUAL Crédito: Divulgação/Chevrolet

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A Chevrolet lançou no País o Onix RS. Se parece absurdo usar tal sigla nele, é importante lembrar que ela surgiu exatamente como um pacote visual no Camaro, em 1967. No caso dos norte-americanos ela significa Rally Sport.

Na primeira e segunda gerações do muscle car, a sigla era um pacote visual que trazia faróis escondidos atrás da grade toda preta, lanternas modificadas e o emblema “Rally Sport” nos primeiros, em 1967 e “RS” depois. 


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Toda essa história é para justificar o Onix RS, que usa a mesma métrica. Um carro que poderia ser mais, mas aposta mesmo é no visual. Por R$ 75.590, o Onix RS se encaixa no conceito exato da sigla RS e também entre as versões LTZ e Premier. 

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E antes que os detratores se levantem é importante reforçar que era o SS (Super Sport) a versão realmente mais potente nas primeira e segunda gerações do Camaro. A diferença é que era possível adotar o visual da RS associada ao conjunto mecânico do SS. 

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No caso do Onix RS, o estilo agressivo que ele ganhou é devido à grade com formato de colmeia, as rodas de 16 polegadas com design diferenciado e os faróis com máscara negra. Completam o conjunto a gravatinha da Chevrolet, o aerofólio, o lip no para-choque dianteiro e a capa dos espelhos na cor preta. 


O toque final é sempre o teto pintado de preto, independentemente da cor escolhida para a carroceria: vermelha, branca ou preta, e o logotipo da versão RS na grade e na tampa do porta-malas. 

Por dentro também há pequenos agrados para o consumidor que queira sentir a mesma sensação de esportividade externa. Detalhes em vermelho nas saídas de ar-condicionado e costura dos bancos. O revestimento do teto e colunas vem na cor preta também. 

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Mecânica 

A atual e segunda geração do Onix nasceu de uma boa fornada. Com isso, o carro mesmo sem qualquer alteração tem uma dinâmica de direção boa. A suspensão é bem ajustada, o carro balança pouco e ele é bem estável em uma sequência de curvas. 

É como se o Onix já tivesse nascido esperando uma versão “esportiva”. A direção elétrica tem uma calibragem adequada para um carro do tamanho dele e para uso no diário e também na estrada a 120 km/h. As reações, dentro do esperado, são bem ágeis. 


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O conjunto mecânico é o que já conhecemos da grande parte da gama do Onix. Isso significa o motor três cilindros de 1 litro, turbo, de até 116 cv a 5.500 rpm e 16,8 mkgf a 2.000 rpm. Isso alimentado com etanol. 

O câmbio é o automático de seis marchas que a GM usa em uma infinidade de modelos. Aqui, o contra do modelo é a troca de marchas por um botão na lateral da alavanca, que não é nada prático. O ideal seria ter apostado, ao menos na versão RS, em aletas atrás do volante ou mesmo em trocas movendo a alavanca no modo manual. 


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Desempenho

Esse conjunto entrega um desempenho adequado e como o turbo entrega o torque cedo, dá para se divertir com o Onix RS em trechos sinuosos e velocidade mais reduzida. Para se alegrar com o Onix RS um kartódromo ou uma serra travada são os locais ideais. 

Para dar mais pimenta ao Onix RS, o câmbio manual de seis marchas seria o conjunto ideal com o 1.0 turbo. Mas a GM não tem aspirações realmente esportivas para esse carro. Se tivesse, apostaria no 1.2 turbo de até 133 cv e 21,4 mkgf do Tracker Premier.


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O que fica devendo, se você abusar do Onix RS em trechos fechados são os freios. A disco na frente e a tambor na traseira, quando você aplica muita força para uma parada exigente, eles não respondem tão bem quanto deveriam. 

O espaço interno é bom para quatro adultos. O condutor tem boa ergonomia e encontra os comandos facilmente ao alcance das mãos. Há porta-objetos práticos e o volante tem boa empunhadura. 


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Há outras opções de ‘esportivados’

Seus rivais não fogem do mesmo conceito de trazer só um visual esportivo sem entregar desempenho equivalente. Além do Onix RS há o Hyundai HB20 Sport, o Fiat Argo HGT e o Renault Sandero GT Line que apostam na mesma receita. 

O hatch da marca sul-coreana adota o 1.0 turbo e flexível de até 120 cv e 17,5 mkgf. O câmbio é o automático de seis marchas. O visual traz rodas de liga leve diferenciadas e detalhes vermelhos na carroceria e na cabine. O preço é de R$ 73.990. 


A Renault já começa em uma degrau abaixo. O GT Line que traz visual semelhante ao do Sandero RS tem opções com o 1.0 aspirado de até 82 cv e 10,5 mkgf com câmbio manual de cinco marchas. Ele sai por R$ 62.990. Já a versão com o motor 1.6 flexível de até 118 cv e 16 mkgf e câmbio automático CVT parte de R$ 80.990. 

O Argo HGT tem visual esportivo e aposta no cansado, mas potente em números, motor 1.8 de até 139 cv e 19,3 mkgf. O câmbio é automático de seis marchas. Ele parte de R$ 75.390.

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