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Chinesas chegam ao País para valer
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Chinesas chegam ao País para valer

A mais nova integrante do time de marcas do país asiático no Brasil é a JAC, que planeja vender mais de 35 mil unidades neste ano e investir R$ 150 milhões em propaganda. Chery, aqui desde 2009, lançará o QQ com grande ação promocional

13 de abr, 2011 · 5 minutos de leitura.

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 Chinesas chegam ao País para valer

Chery chegou ao Brasil em 2009 (Foto: Paulo Liebert/AE)

Rafaela Borges

“A Chery está focando no mercado brasileiro para se internacionalizar.” A frase do presidente da marca no País, Luís Curi, mostra a importância estratégica do Brasil para as fabricantes chinesas. E elas estão vindo aos montes – representadas por empresas nacionais. No mês passado, chegou a JAC. Ainda neste semestre devem desembarcar Haima, Great Wall e Brilliance.

As que já atuam aqui prometem muitos lançamentos para os próximos meses (veja nas páginas 11, 12 e 13). Por isso, as expectativas de seus representantes são boas. “Como lançaremos quatro modelos neste ano, nossa estimativa é vender 25 mil unidades (ante pouco mais de 11 mil de 2010)”, diz Curi. A Chery chegou em 2009. “Até o fim da década, todas as chinesas juntas poderão ter 10% do mercado.”

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Novata chinesa, JAC abriu 50 concessionárias simultaneamente (Foto: Ernesto Rodrigues/AE)

“A JAC vai vender bem mais do que as 35 mil unidades estimadas inicialmente para 2011 e terá 3% de participação em três anos”, diz o presidente da marca no Brasil, Sérgio Habib.

Ele aposta em uma estratégia ousada. “Competimos principalmente na faixa de preço abaixo de R$ 40 mil, onde estão 2 milhões dos 3,5 milhões de carros vendidos no País, mas sem variedade de modelos”, afirma.

Os pilares da JAC são propaganda intensa, rede inicial com 49 autorizadas e seis anos de garantia. “O Faustão, que é nosso garoto-propaganda, passa muita credibilidade”, explica Habib.


A JAC foi a primeira chinesa a investir forte em publicidade no Brasil – serão R$ 150 milhões este ano. A Chery começa a fazer o mesmo nas próximas semanas, com a chegada do QQ – até setembro, Curi prevê investir de R$ 20 milhões a R$ 25 milhões.

Mas o maior apelo das chinesas é a boa relação preço/equipamentos. Com preços similares a de rivais nacionais, os carros vêm da China repletos de itens.

Habib garante que os JAC foram adaptados às preferências do brasileiro. “Mudamos 242 peças, como suspensão e direção. Aqui, o gosto é bem diferente do dos chineses.”


O consultor Paul Roberto Garbossa, da ADK Automotive, diz que os chineses têm uma grande preocupação em lançar carros de qualidade no Brasil. “Isso faz com que, em geral, os lançamentos acabem atrasando.”

“Veteranas” no Brasil, Effa e Lifan, que atuam em parceria, já estão desenvolvendo um carro compacto local. A BYD tem planos de vir, já Hafei e Jinbei só oferecem modelos comerciais. Assim como a pioneira Chana, que promete para este ano o lançamento de carros de passeio.


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