Leandro Alvares
Fevereiro mal começou e o Civic já está no ano que vem. Nesta semana, o sedã médio chega às autorizadas da Honda já como linha 2014. Traz mudanças debaixo do capô, mais itens de série e tabela de R$ 66.690 a R$ 83.890.
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Assim como o Toyota Corolla, seu principal rival e líder do segmento de sedãs médios, o Civic passa a contar com motor 2.0 para as versões intermediária e topo da linha, agora batizadas de LXR e EXR, respectivamente. A de entrada, LXS, continua com o 1.8 bicombustível de 140 cv, mas agora acompanhado por câmbio manual de seis velocidades.
Comparamos a versão EXR do Civic com a de topo do Corolla, Altis. O propulsor 2.0 do Honda é o mesmo do utilitário CR-V, mas em versão flexível. Com etanol, gera 155 cv. Além disso, graças à adoção de sistema de velas aquecedoras, o sedã aboliu o tanque de partida a frio.
Mais do que agradar aos consumidores, o acréscimo de potência incorporado ao motor do Civic tem um objetivo claro: destronar o Corolla do topo do ranking de vendas de sedãs médios. No ano passado, o Honda ficou em segundo lugar na categoria, com 50.490 emplacamentos, ante as 56.365 unidades faturadas do rival da Toyota – os dados são da Fenabrave, federação que reúne associações de concessionárias.
O Corolla Altis também tem motor 2.0 bicombustível e, em uma boa briga, perdeu do Civic por apenas dois pontos.
Duelo acirrado. No preço, a vantagem é do Corolla Altis, que parte de R$ 82.280. Seu propulsor gera 153 cv de potência. Mas os R$ 1.610 a mais na tabela do Civic são justificados por sua superioridade em aspectos como agilidade e “juventude”, já que a última atualização no veterano Toyota foi em 2011.
Em ambos, a oferta de equipamentos de série é farta e bastante parecida. Enquanto o Civic traz itens como teto solar, navegador GPS, chave do tipo canivete e controle eletrônico de estabilidade (ESP), o Corolla ataca com ajuste elétrico do banco do motorista, faróis de xenônio e retrovisor fotocrômico.
No quesito técnico, os dois agradam pela agilidade. Espertos, seus motores são eficientes em acelerações e retomadas de velocidade. O Civic fica um passo à frente graças ao câmbio automático de cinco marchas, que explora bem a força do propulsor 2.0. O automático de quatro marchas do Corolla limita o comportamento do carro, especialmente quando o motor gira em baixas rotações.
Em curvas, os sedãs demonstram muita firmeza, embora o Civic “cole” mais no chão por causa das suspensões independentes nos dois eixos – a traseira do Corolla é do tipo eixo de torção.
Na cabine, nova vantagem para o Honda, tanto na ergonomia quanto no visual mais moderno. O Corolla exibe sinais de envelhecimento no interior. Para ele, a prometida renovação para 2014 será muito bem-vinda.
