O início da temporada 2014 da Stock Car está marcado para o dia 23 de março, em Interlagos. E, para que todas as equipes conseguissem cumprir os prazos para adequar seus carros ao novo regulamento, foi preciso recorrer à ajuda de um software que permitisse aos engenheiros simular, de modo virtual, variáveis como durabilidade e resistência das peças.
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Segundo o coordenador de engenharia da JL Racing Products, empresa que fabrica os modelos da categoria, Gustavo Lehto Gomes, a principal vantagem dos simuladores virtuais é a redução do tempo de desenvolvimento de um projeto e, consequentemente, dos custos. “Conseguimos diminuir significativamente o tempo de testes em pistas”, diz.
Presidente da SolidCAM, companhia responsável pelo software, Emil Somekh afirma que o ganho em termos de eficiência na linha de produção, desde o esboço até a usinagem da peça, pode chegar a 70%. “Em larga escala, a diferença é muito significativa.”
Além disso, a utilização de simuladores reduz o risco de ocorrência de erros na fabricação dos componentes.
Os programas de computador feitos para projetar peças, denominados de CAD (Computer-Aided Design), ou desenho com auxílio de computador, foram criados pela Nasa, a agência espacial norte-americana, e surgiram em meados dos anos 80. Pouco depois, chegaram ao Brasil por meio da Embraer. “No começo, só a indústria aeronáutica usava esses sistemas, pois eles eram muito caros”, conta o engenheiro do comitê de tecnologia da informação da Sociedade dos Engenheiros da Mobilidade (SAE Brasil), Sérgio Savane.
A solução virtual substituiu as pranchetas na indústria automobilística por volta de 1985. “Atualmente, a oferta é muito boa. Há mais de 20 softwares desse tipo disponíveis no mercado”, afirma Savane.
GLOBALIZAÇÃO
Outro benefício gerado pela utilização dessas ferramentas é a possibilidade de compartilhamento de trabalhos por várias equipes em qualquer lugar do mundo. Com isso, barreiras como localização e tempo deixaram de existir.
