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Convivência benéfica de gerações de veículos
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Convivência benéfica de gerações de veículos

A versão hatch da nova geração do Ford Fiesta começa a ser vendida em outubro com preço na faixa de R$ 48 mil. Trazido do México, o modelo deverá conviver pelo menos até 2012 com o brasileiro ? depois, irá substituí-lo na linha de Camaçari (BA)

24 de set, 2011 · 4 minutos de leitura.

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 Convivência benéfica de gerações de veículos

LUÍS FELIPE FIGUEIREDO

A versão hatch da nova geração do Ford Fiesta começa a ser vendida em outubro com preço na faixa de R$ 48 mil. Trazido do México, o modelo deverá conviver pelo menos até 2012 com o brasileiro – depois, irá substituí-lo na linha de Camaçari (BA).

O Fiesta será um exemplo do que a indústria chama de “saudável convivência de gerações”. A estratégia, que teria começado com o Volkswagen Gol – a segunda geração, “Bolinha”, convivendo com a anterior, BX -, foi utilizada pela Fiat com o Palio e a GM, com o Corsa. O modelo antigo continua em produção, reposicionado, em geral com menos itens de série e tabela em conta.

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“A fábrica usa o carro antigo como modelo de briga”, explica o consultor da MSX International Arnaldo Brazil. “Nesse caso, se a Ford mudar o preço do Fiesta brasileiro e o colocar próximo ao de um Fiat Mille equipado, pode ser bom.”

Essa estratégia amplia o leque de ofertas da fabricante e aumenta a base de clientes, segundo Brazil. “Mas só funciona bem se a empresa souber posicionar o veículo em termos de preço e a comunicação do novo for bem separada da do antigo.”

A convivência pode funcionar mal no caso de carros que não vendem tão bem. Como o Nissan Tiida Sedan, que deverá conviver com o Versa, novo modelo que chega em novembro com preço abaixo de R$ 36 mil. O Tiida três-volumes parte atualmente de R$ 44.500.


“Essa convivência só vai durar enquanto houver estoque”, avalia Brazil. “Estão trazendo um carro novo para dar um impulso nas vendas, o que o antigo nunca fez. Já não tinha apelo, diante do novo fica ainda pior.”

De janeiro a agosto deste ano o Tiida Sedan teve 4.329 unidades vendidas, segundo dados da Fenabrave, federação que reúne as associações de revendas. Para comparação, o chinês JAC J3 Turin, lançado em abril, teve 5.369 emplacamentos.

De acordo com Brazil, para os consumidores há vantagem na manutenção do carro antigo. “É menor a desvalorização do modelo e há certeza de produção de peças de reposição.”


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