A convivência entre gerações de um mesmo modelo no mercado pode trazer benefícios à fabricante. Exemplos disso são Ford Fiesta Sedan (nacional e mexicano), Hyundai Tucson e ix35 e VW Gol, além do Fiat Uno.
Uno teve suas vendas somadas às do Mille e hoje é vice-liíder (Foto: Sérgio Castro/AE)
Luís Felipe Figueiredo
No caso do Ford, apesar de a chegada do modelo feito no México ter causado impacto negativo nas vendas do feito em Camaçari (BA), juntos eles impulsionaram as vendas da linha. Antes o sedã baiano registrava cerca de 3 mil unidades por mês, apenas na versão com motor 1.6. Quando o importado chegou, esse número caiu quase pela metade: em setembro foram 1.600 carros. Mas no mesmo mês a novidade somou 2.200 emplacamentos, totalizando 3.800 carros.
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Movimento similar ocorreu com o Hyundai Tucson e o ix35. O primeiro passou a ser montado no País, em Anápolis (GO), e teve a média mensal de 3 mil unidades reduzida para 2 mil. Mas o novato, que em todo o mundo substitui o anterior, supriu a diferença, com 1.300 unidades comercializadas em setembro.
Da Volkswagen, o Gol G5 vende dez vezes mais que o de quarta geração, que permanece como opção atraente para frotistas. De janeiro a setembro foram cerca de 195 mil unidades do novo, ante 18.900 do antigo.
Exceção à regra ocorre com Fiat Uno e Mille. O antigo não perdeu vendas com a estreia do novo, em maio. O veterano (chamado Mille), vendia aproximadamente 9 mil unidades por mês. Esse número se manteve com a chegada da novidade, que por sua vez tem registrado média mensal de 14.500 unidades. Com a soma das duas gerações, o Uno passou a ser o segundo carro mais vendido no País.
