DTM é a mais feminina competição de carros

RAFAELA BORGES

A DTM é, proporcionalmente, a mais feminina categoria do automobilismo. Dos 18 pilotos do campeonato de turismo, duas são mulheres. A escocesa Susie Stoddart, de 28 anos, e a suíça Rahel Frey, 25, sabem usar a feminilidade como ferramenta de marketing, a começar pela escolha dos carros.

Susie, que compete pela Mercedes-Benz, utiliza um Classe C com exterior cor de rosa. O da Rahel, piloto da Audi, é dourado com a inscrição “glamour” no capô. As duas fabricantes competem com nove veículos cada.

A escocesa, que já foi chamada pela imprensa britânica de “a versão feminina de Lewis Hamilton (da Fórmula 1)”, é veterana na DTM. Ela está na categoria desde 2006 e já competiu ao lado do bicampeão da F-1 Mika Hakkinen.

Atualmente, tem entre os companheiros dois ex-integrantes da principal categoria do automobilismo: seu conterrâneo David Coulthard e o alemão Ralf Schumacher.

Competir na F-1, aliás, é um antigo sonho de Susie, embora ela acredite que já passou da idade de ser piloto da categoria. “Para correr na Fórmula 1, uma mulher tem de ser bem jovem e ter muita força física. Mas acho que podemos sim ser competitivas lá”, disse ela em uma entrevista à imprensa inglesa em 2009.

Rahel está em seu primeiro ano de DTM. Ela estreou no kart aos 12 anos e já correu na Fórmula Renault Suíça. Em 2009, registrou o maior feito de sua carreira: venceu a etapa de Nürburgring (Alemanha) da Fórmula 3.

Nenhuma das meninas da DTM conseguiu resultados importantes ainda neste ano. Nas seis etapas disputadas até agora, a melhor posição de ambas foi obtida no circuito de Hockenheim, na Alemanha. Susie ficou em 12º e Rahel, em 15º.

Quando o assunto é vaidade, Susie chama mais a atenção. Fã da alta costura, a ela misturou bem o lado “mulherzinha” com os dotes de piloto em uma propaganda da Mercedes, no ano passado (confira o vídeo abaixo).