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Estudo aponta Brasil como maior mercado de elétricos e híbridos na América Latina
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Estudo aponta Brasil como maior mercado de elétricos e híbridos na América Latina

Carros elétricos e híbridos têm vendas recordes no País, conforme estudo da Associação Internacional de Energia; híbridos são maioria

Rodrigo Tavares, Especial para o Jornal do Carro

23 de mar, 2023 · 5 minutos de leitura.

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IPVA 2023 RJ
Separamos cinco perguntas do público sobre carros elétricos e buscamos as respostas
Crédito:Renault/divulgação

As vendas totais de veículos elétricos e híbridos plug-in ao redor do globo tiveram um grande aumento em 2022, com mais um recorde. Foram mais de 10 milhões de veículos foram vendidos ano passado, o que corresponde a um elétrico para cada sete carros entregues, por exemplo, segundo relatório da Agência Internacional de Energia (AIE).

Os números ajudam a entender a dimensão da mudança. Até 2017, as vendas de carros elétricos e híbridos recarregáveis em tomadas tinha proporção bem diferente: era apenas uma unidade para cada 70 veículos a combustão vendidos, por exemplo.



Segundo o relatório da AIE, obtido pelo portal Bloomberg Linea, 13% dos novos veículos vendidos ano passado tem motores elétricos. Caso o crescimento nas vendas continue, existe a possibilidade de que se alcance o cenário de Zero Emissões Líquidas até 2050. No entanto, a produção de veículos elétricos gera cerca de 16% das emissões mundiais de carbono na atmosfera. Ou seja, um contrassenso. Mas as fabricantes estão reduzindo emissões nos processos.

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O mercado de elétricos e híbridos na América Latina

BYD Yuan Plus, SUV elétrico em avaliação pelo Jornal do Carro (DIOGO DE OLIVEIRA/ESTADÃO)

Dados afirmam que as vendas de veículos à combustão atingiram o ápice em 2017, com um total de 86 milhões de unidades. Enquanto isso, foram 69 milhões de unidades em 2022. Dessa forma, a venda maior de elétricos e híbridos avançam cada vez mais rápido.

No caso da América Latina, os emplacamentos de híbridos plug-in e elétricos aumentaram 21,7% nos últimos dois anos. As informações, no entanto, partem de dados de oito países que os disponibilizam a partir de associações locais. No total, 143.281 veículos dos dois tipos tiveram novos lares, o que, de fato, representa 25 mil unidades a mais do que em 2021, por exemplo.


Brasil e México atraem olhares e investidores

Renault Kwid E-Tech, opção para quem quer começar no universo dos elétricos (DIOGO DE OLIVEIRA/ESTADÃO)

Com o crescimento dos carros que recarregam em tomadas, a América Latina atrai investidores. O México, por exemplo, receberá uma fábrica da Tesla na região de Nuevo León. Além disso, há os recentes investimentos de General Motors, BMW e Ford e outras marcas.

No Brasil, ainda não há um plano claro do Governo Federal para a transição da matriz energética dos carros. Entretanto, o bom ritmo de crescimento de vendas de elétricos no país é animador. Sobretudo ao somar os emplacamentos de híbridos.


Veja abaixo os cinco países da América Latina com maior número de vendas totais de veículos eletrificados (elétricos, híbridos e híbridos plug-in) no ano passado. Os dados são da Associação para a Mobilidade Sustentável (Andemos) e demais associações locais.

  • Brasil: 57.700 unidades
  • México: 39.477 unidades
  • Colômbia: 27.845 unidades
  • Argentina: 8067 unidades
  • Chile: 7.318 unidades.

Não deixe de conferir nossa lista exclusiva com os 10 carros eletrificados mais vendidos do País!

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.