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Ferrari Roma Spider desembarca no Brasil e tem preço milionário
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Ferrari Roma Spider desembarca no Brasil e tem preço milionário

Versão conversível da Ferrari Roma parte de R$ 3,95 mi e personalização exige espera de seis meses por parte do comprador; motor tem 620 cv

Vagner Aquino, especial para o Estadão

10 de mai, 2024 · 6 minutos de leitura.

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Ferrari
Opção conversível retorna aos modelos de motores médios da Ferrari pela primeira vez desde o 365 GTS/4, de 1969
Crédito:Vagner Aquino/Especial para o Estadão

A princípio, a ideia era desembarcar no Brasil no fim do ano passado. Mas imprevistos acontecem e só agora a Ferrari Roma Spider conseguiu chegar em território nacional. Sem mais delongas, o preço da versão conversível do esportivo parte de R$ 3,95 milhões.



Ferrari
Conversível tem quatro saídas de escape (Ferrari/Divulgação)

Dito o preço, vale lembrar que a única diferença entre o Roma Spider e sua versão convencional é o teto descapotável. Aliás, a capota de lona (cinco camadas, no total) com acionamento elétrico, abre (ou fecha) em 13,5 segundos. Para isso, no entanto, é necessário estar em velocidade inferior a 60 km/h. Para não prejudicar o isolamento acústico, a marca italiana precisou repensar no desenho da janela traseira acomodada por baixo da capota traseira, quando o teto está recolhido.

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Ferrari
Capota abre (ou fecha) em menos de 14 segundos (Vagner Aquino/Especial para o Estadão)

E o carro tem exatamente as mesmas dimensões e especificações da Ferrari Roma em versão cupê. A diferença é que pesa 84 kg a mais (total de 1.556 kg). Aqui, cabe uma curiosidade: a opção conversível retorna aos modelos de motores médios da Ferrari pela primeira vez desde o 365 GTS/4, de 1969.

Totalmente personalizável

De acordo com Eduardo Alves, gerente de vendas da Via Itália, grupo que representa a Ferrari no Brasil, o Roma Spider tem diversas possibilidades de personalização, como tecidos, costuras contrastantes, cores de capota e pinças de freio, e até inclusão de mimos, como aquecedor de pescoço para os dias mais frios. Por isso, a espera do cliente “pode demorar média de seis meses após a compra”, conta ele, que afirma já ter vendido 20 unidades do modelo no Brasil até o momento. Vale explicar que a Ferrari Roma Spider não tem um lote específico para o País, afinal, as encomendas são feitas sob demanda para a matriz.


Ferrari
Modelo tem duplo cockpit (Vagner Aquino/Especial para o Estadão)

Do lado de dentro

Por fora a Ferrari Roma Spider exala esportividade. Seja pela “cara de mal”, ou mesmo pelo enorme capô, pelas quatro saídas de escape ou pelas belas rodas de 20″. E, por dentro, o modelo mantém a mesma receita. Como no cupê, o conversível mantém a estrutura de assentos (aquecíveis e com regulagem elétrica), chamada “2+”. Na prática, a parte de trás dos assentos dianteiros serve apenas como espaço para (pouca) carga.

Ferrari
Roma Spider tem defletor de ar com acionamento por botão (Vagner Aquino/Especial para o Estadão)

Entretanto, se atrás não tem espaço, na frente, surpreende. As duas sessões são bem definidas. É o que a fabricante chama de duplo cockpit. Ao centro, destaque para a tela central de 8,4″, que permite espelhamento Android Auto e Apple CarPlay e o comando de funções de entretenimento, bem como do ar-condicionado e outros recursos. O quadro de instrumentos é digital e o carro tem vários controles no volante.

Ferrari
Motor V8 gera até 620 cv (Vagner Aquino/Especial para o Estadão)

Motor

Debaixo do capô dianteiro, o Roma Spider também repete a receita da configuração cupê. Ali, figura o motor de 3.855 cm³ (3.9) V8 biturbo com potência máxima de 620 cv a 7.500 rpm. O torque fica em brutos 77,4 mkgf. O câmbio é o automatizado DCT de oito marchas. Tais credenciais levam o esportivo de 0 a 100 km/h em 3,4 segundos – exatamente o mesmo tempo da versão com teto rígido. A velocidade máxima é de 320 km/h.


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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.