O presidente mundial da Fiat, Sergio Marchionne, em reunião com sindicatos dos trabalhadores exigiu garantias de que as fábricas da empresa na Itália poderão operar com lucro – caso contrário, Marchionne afirma que poderá transferir suas operações para outros países, com menores custos. O executivo afirmou em seu discurso que a Itália foi o único país do mundo no qual o grupo Fiat registrou prejuízo.
A reunião ocorreu para decidir o futuro da fábrica de Mirafiori, a maior da Fiat, localizada em Turim, sua cidade-sede. Segundo Marchionne, o futuro da Fábrica Italiana de Automóveis de Turim e seus investimentos atuais de mais de US$ 26 bilhões (cerca de R$ 47 bilhões) depende de haver lucro nas operações. “Reafirmamos a importância de nossos investimentos, mas queremos garantia de que as fábricas terão condições de operar”, afirmou. “Não estamos fazendo ameaças, mas não poderemos colocar a sobrevivência da companhia em risco.”
Atualmente com 5.486 trabalhadores, a Mirafiori está em operação desde 1939 e produz o Punto, Idea, Multipla, o Alfa Romeo Mito e o Lancia Musa. Em 21 de julho Marchionne havia anunciado que quer transferir a produção dos novos Multipla, Lancia Musa e Idea na Sérvia. Segundo o executivo, a transferência de parte da produção não comprometeria Mirafiori porque ainda haveria ali volume suficiente de modelos importantes.
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