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Ford cai para sexto lugar no ranking de vendas
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Ford cai para sexto lugar no ranking de vendas

Após 'ensaiar' recuperação nos meses de maio e junho, Ford voltou a ficar atrás de Hyundai e Toyota

Rafaela Borges

04 de ago, 2017 · 3 minutos de leitura.

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ford ranking de vendas
Ford
Crédito:Em fim de ciclo, antes da chegada da versão reestilizada, EcoSport perdeu espaço (FOTO: JF DIORIO/ ESTADÃO)
ford ranking de vendas

As “estruturas” das quatro grandes montadoras do Brasil voltaram a ficar abaladas em julho. Após perder sua histórica quarta posição no ranking de vendas no fim do ano passado – para a Hyundai – a Ford havia “ensaiado” uma recuperação.

Tanto em maio quanto em junho, a marca havia voltado a aparecer na quarta colocação do ranking de montadoras. Porém, em julho, a Ford voltou a despencar em vendas e ficou com a sexta posição.

À frente da marca norte-americana, apareceram a Hyundai, em quarto, e a Toyota, em quinto. Entre as razões da nova queda, a principal é o EcoSport.

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Em fim de ciclo, o modelo registrou apenas 1.464 emplacamentos no mês passado. Sua versão reestilizada, com novo motor, acaba de chegar às concessionárias.

Em maio e junho, o EcoSport, mesmo com as mudanças já anunciadas, havia obtido cerca de 2.500 emplacamentos. O bom resultado era fruto de promoções de queima de estoque da Ford. Além disso, a marca vendeu muitos exemplares do modelo no atacado.

A chegada do novo EcoSport deve voltar a acirrar a briga pelo quarto lugar do ranking de montadoras.


 

RANKING DE MONTADORAS 

Em julho, como vem ocorrendo desde o início do ano, o primeiro lugar do ranking ficou com a Chevrolet. A marca vendeu 33.502 automóveis e comerciais leves.


A Fiat, segunda colocada, registrou 24.714 emplacamentos, ante os 22.750 da Volkswagen. A Hyundai vendeu 17.148 veículos, a Toyota, 16.779, e a Ford, 16.066.

A lista das dez montadoras que mais venderam carros em junho continua com Renault (12.475), Honda (9.916), Jeep (7.364) e Nissan (5.001).

No acumulado de janeiro a junho, a Chevrolet  tem 209.306 emplacamentos e a Fiat, 159.700. A Volkswagen vendeu 147.668 modelos.


A Hyundai tem a quarta posição, 110.429 unidades comercializadas. A vantagem para a Ford (quinta, com 109.552 emplacamentos) é de menos de mil unidades. A Toyota é sexta (104.529).

 

GALERIA: OS SUVS MAIS VENDIDOS EM JULHO


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”