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Ford Galaxie 1974 que foi de Juscelino Kubitschek será restaurado pelo Exército
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Ford Galaxie 1974 que foi de Juscelino Kubitschek será restaurado pelo Exército

Ford Galaxie 500 1974 foi o último veículo pessoal do ex-presidente Juscelino Kubitschek, morto em 1976; modelo será novamente restaurado pelo Exército

Rodrigo Tavares, Especial para o Jornal do Carro

24 de ago, 2023 · 6 minutos de leitura.

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Galaxie
Ford Galaxie 500 1974 foi o último carro pessoal de JK
Crédito:Sd Lucas Almeida/Divulgação

O Ford Galaxie 500 de 1974, que atualmente está no Memorial JK, em Brasília, passará por uma restauração. Último carro particular do ex-presidente Juscelino Kubitschek, o sedã pertence ao colecionador Flávio Noronha. Mas, devido ao teor histórico, o modelo será restaurado pelo Exército. A pedido de Noronha, aliás, será designado o 16º Batalhão Logístico (16º B Log) para a reforma do sedã.

Isso porque, segundo o Exército Brasileiro, a missão deste batalhão é apoiar a manutenção de material bélico, bem como restaurar viaturas militares antigas. Noronha procurou o comando do batalhão sugerindo a reforma, uma vez que o modelo já foi restaurado pelo órgão em 2010, por exemplo.



Desgastes na pintura das portas indicam necessidade de restauração (Sd Lucas Almeida/Divulgação)

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Assim, uma vez aprovada a solicitação feita ao escalão superior do Exército, foi enviado um ofício para o Memorial JK, que hoje responde pela entidade jurídica responsável pela preservação da memória do fundador de Brasília. A restauração do grande sedã executivo da Ford foi aceita, e iniciou-se um plano de recuperação do modelo.

Segundo Noronha, para ele, o Galaxie 500 de JK “tem que estar sempre pronto; é só colocar a bateria e sair”, para que assim possa participar de eventos e contribuir para a preservação do ex-presidente da república. Além do fato do Galaxie ser seu último carro, o simbolismo da ação deve-se ao fato de Juscelino ser visto como o pai da indústria automobilística nacional, por criar o GEIA, Grupo Executivo da Indústria Automotiva.

Ford Galaxe 500 de JK ajuda a preservar a memória do ex-presidente

Galaxie 500 1974 de JK chega de guincho ao 16° batalhão logístico (Sd Lucas Almeida/Divulgação)

Entretanto, mesmo que a Ford ou qualquer outra montadora não participe da ação de restauração, sabe-se que a preservação da memória de JK coincide intimamente com a história da indústria automotiva nacional. Uma das imagens que percorrem a história como um marco para o setor é a foto de JK andando em um Fusca, à época VW Sedan, conversível, na fábrica da VW da Anchieta, em 1959.

Para o vice-presidente do Memorial JK, Paulo Octávio (esposo da neta de JK), o trabalho de restauração a ser feito pelo Exército contribui para a preservação da história. Ele destaca ainda que o Galaxie “ajuda a preservar a memória de Brasília e também de seu fundador”. Por fim, a previsão é de que os trabalhos durem até o final de setembro, e que o Galaxie 500 1974 retorne para o Memorial JK em uma carreta. Juscelino Kubiscteck morreu a bordo de um Chevrolet Opala em um estranho acidente na Rod. Presidente Dutra, em Resende (RJ), em 22 de agosto de 1976.

Galaxie foi sedã de luxo da Ford por 15 anos

Landau a álcool era propagandeado como a escolha do então presidente João Figueiredo, em 1979 (Ford/Divulgação)

O Ford Galaxie, vendido no Brasil entre 1967 e 1982, era o modelo mais caro e luxoso da marca, e era figura fácil entre empresários e figuras públicas. Foi vendido desde as versões mais baratas, como o Galaxie 500, até as mais luxuosas, como o LTD e o Landau. Além disso, teve versão V8 álcool, mas acabou cedendo lugar a outro sedã da Ford, o Del-Rey. 

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.