O Haval H4, produto inédito da marca que faz parte da GWM, deverá ser o primeiro carro híbrido flex plug-in feito no Brasil. Com isso, a empresa chinesa pode superar concorrentes de peso, como a Toyota e a Caoa Chery. Ou seja, duas empresas que vêm acelerando o desenvolvimento de um modelo híbrido com motor flexível e elétrico. Porém, as baterias podem ser recarregadas em tomadas.
De início, a GWM pretendia fabricar, na planta de Iracemápolis (SP), uma picape da marca Poer e um SUV da Tank. Entretanto, a volta da cobrança do imposto de importação para veículos híbridos e elétricos importados fez a empresa mudar os planos. Seja como for, a produção em série deve começar no 2º trimestre de 2025.
Agora, a GWM corre para inaugurar as linhas de montagem até o fim de 2024. Entretanto, num primeiro momento o objetivo é ajustar a fábrica, treinar funcionários e ajustar a cadeia de logística de peças. Assim, a produção em série não deve começar antes de abril ou maio de 2025. A planta paulista era da Mercedes-Benz, que a vendeu no fim de 2021.
Haval H4 tem porte de Compass, Corolla Cross e Taos
Assim, Haval H4 é o mais cotado para trazer o sistema híbrido flex plug-in. O modelo inédito é uma atualização do SUV vendido pela empresa na china com o nome de Jolion. O novo carro terá no Brasil, além de outro nome, atualizações que ainda estão sendo desenvolvidas. Inclusive, a geração atual já foi flagrada em testes no Brasil.
O novo Haval H4 terá porte de SUV médio. Ou seja, cerca de 4,5 metros de comprimento, 1,8 m de altura e 2,7 m de distância entre os eixos. Portanto, tem dimensões parecidas com os do Jeep Compass. Bem como do Toyota Corolla Cross e do Volkswagen Taos, por exemplo. Embora não haja informações técnicas, o Haval H4 híbrido flex plug-in deverá ter o mesmo trem de força do Haval H6 híbrido.
Ou seja, motor 1.5 turbo de quatro cilindros com cerca de 170 cv de potência e 29 mkgf de torque. Além disso, traz um elétrico que gera 135 cv e 25 mkgf, respectivamente. Como resultado, são, no total, pouco mais de 240 cv e 54 mkgf. Portanto, deverá ser o menor modelo da linha Haval oferecida no mercado brasileiro.
Mercedes fechou fábrica em 2020
No fim de 2020, a Mercedes-Benz comunicou de encerrar a produção de automóveis em Iracemápolis. Conforme a empresa, a planta tinha capacidade para fazer 20 mil carros por ano. Porém, esse número nunca foi alcançado. A unidade foi inaugurada em 2016, mas funcionou por apenas quatro anos. Na planta paulista eram produzidos o sedã Classe C e o SUV GLA.
De acordo com a Daimler, dona da Mercedes-Benz, foram investidos R$ 600 milhões na planta. Porém, a companhia não revelou o valor da negociação com a GWM. Inicialmente, a fabricante planejava produzir carros na fábrica brasileira a partir de maio de 2023. Porém, os planos mudaram e previam fabricar carros a partir do último trimestre de 2024. Seja como for, a fabricação seriada não deve começar antes do primeiro trimestre de 2025.
No portfólio da GWM há SUVs, veículos de passeio e picapes. Apenas a marca Haval, especializada em utilitários esportivos, conta com mais de 16 opções na China. A Poer, por sua vez, foca picapes e tem modelos com tração 4×2 e 4×4. A Tank aposta em modelos com apelo off-road e a Ora é especializada em carros de passeio elétricos.
*O jornalista viajou à China a convite da GWM do Brasil
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