Você está lendo...
JAC T6 chega no final do ano
Avaliação

JAC T6 chega no final do ano

Andamos no primeiro carro global da marca, utilitário terá motor flexível e custará cerca de R$ 75 mil

09 de fev, 2014 · 6 minutos de leitura.

Publicidade

 JAC T6 chega no final do ano
Chinês é 10 cm menos que o mexicano Chevrolet Captiva

Uma nova leva de chineses chegará ao País este ano. São os mesmos carros que chamaram a atenção no Salão de Xangai, em 2012, por mostrarem um grande avanço em termos de desenho e engenharia. Avaliamos o JAC T6, que está em testes no Brasil e faz parte desse grupo.

++ Siga o Jornal do Carro no Facebook

Publicidade


++ Saiba mais sobre a JAC

++ Veja mais avaliações

O utilitário-esportivo será lançado durante o Salão do Automóvel, em novembro. Se o dólar continuar nos níveis atuais, a tabela deverá ficar em torno dos R$ 75 mil – a JAC mira clientes potenciais das versões de topo de Ford EcoSport e Chevrolet Tracker, que não estão dispostos a pagar R$ 90 mil por modelos como o ix35 da sul-coreana Hyundai, por exemplo.


Segundo o presidente da JAC do Brasil, Sérgio Habib, dez T6 estão rodando 24 horas por dia no País em testes. E tudo o que for sinalizado durante as avaliações será modificado na versão que virá ao País. O trabalho das suspensões e o ruído interno são dois exemplos de aspectos que precisam ser melhorados.

A suspensão é a pior coisa desse chinês bem acertado. Ela é flutuante demais (os ocupantes balançam o tempo todo), não filtra as imperfeições do piso, bate seco em buracos, por ter curso reduzido e deixa a carroceria rolar demais em curvas muito fechadas.


O chavão “privilegia a esportividade em detrimento do conforto” não cabe aqui, já que o T6 não oferece nenhum dos dois. Já o ruído interno não é muito diferente do existente em modelos como o EcoSport.

Primeiro carro global da JAC, o T6 avaliado tinha motor 2.0 turbo a gasolina de 177 cv e câmbio manual de seis marchas. Essa não será a configuração vendida no País, mas, com esse conjunto, o modelo mostrou bom poder de arrancada, que melhora a partir das 2.400 rpm, quando o turbo entra para valer.

Mas as retomadas de velocidade são fracas abaixo dessa faixa de giro. Ou seja: é preciso trocar muito as marchas para garantir desempenho ao carro.


O câmbio tem engates duros e pouco certeiros. Por isso, provavelmente não agradaria às mulheres, público bastante afeito aos utilitários-esportivos.

Para o mercado brasileiro, o T6 terá motor 2.0 flexível de até 155 cv (o primeiro mais parrudo da JAC com tecnologia bicombustível) e câmbio manual de cinco velocidades.


Os consumidores de veículos dessa faixa de preço certamente sentirão falta de uma transmissão automática, mas o baixo volume de vendas enquanto a fábrica da JAC na Bahia não fica pronta inviabiliza o gasto para o desenvolvimento desse tipo de caixa somente para o T6.

Com bom porte e desenho que chama a atenção nas ruas, o utilitário agrada também por dentro. O acabamento não fica devendo nada ao de outros modelos de seu segmento no Brasil (com exceção do “rude” plástico usado no volante) e o espaço na cabine é muito bom.


O carro avaliado tinha bancos bicolores de couro, que serão trocados por assentos pretos, e ar-condicionado manual (de excelente poder de refrigeração)</IP>, que dará lugar a um sistema com ajuste digital.

A direção elétrica carece de um pouco mais de “peso” em alta velocidade para ficar mais direta, mas com as rodas maiores (18 polegadas) que virão na versão brasileira, e um prometido acerto mais fino, isso deve melhorar. E os freios com ABS são bem eficientes.


Deixe sua opinião