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Karmann-Ghia 71: de estepe a titular
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Karmann-Ghia 71: de estepe a titular

Após reforma, que demorou dois anos para ser concluída, o engenheiro mecânico Walter Abramides ficou tão satisfeito com o resultado que decidiu que o carro passaria a ser utilizado nos dias de rodízio de seu veículo usual

29 de set, 2012 · 4 minutos de leitura.

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 Karmann-Ghia 71: de estepe a titular

BELISA FRANGIONE

A compra deste Karmann-Ghia 1971 foi a realização de um sonho e, ao mesmo tempo, um “resgate” feito pelo engenheiro mecânico Walter Abramides. Em 2002, ele soube que o então dono do Volkswagen havia desistido de reformá-lo e decidiu vendê-lo.

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“O proprietário disse que não havia mais dinheiro para gastar com uma reforma que não tinha fim”, relembra Abramides.

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O engenheiro diz que, ao chegar à oficina onde o carro estava, se deparou com uma carcaça desmontada e peças espalhadas pelo chão. Como a carroceria estava raspada, ele só soube que a cor original era verde pelo registro na documentação.


Abramides pagou o equivalente a R$ 4 mil e levou o carro e os componentes em um guincho. Só depois decidiu se começaria (ou reiniciaria) a reforma.


Ele resolveu então colocar seus conhecimentos em prática para concluir a restauração do modelo. Antes, porém, fez uma “auto-exigência”: só compraria peças originais de veículos Volkswagen e do ano de 1971. “Confesso que foi muito difícil encontrá-las. Eu ia a todos os encontros de carros antigos garimpar no mercado de pulgas.”

A reforma demorou dois anos para ser concluída. Abramides ficou tão satisfeito com o resultado que decidiu que o carro passaria a ser utilizado nos dias de rodízio de seu veículo usual. Mas não foi o que ocorreu. “Ele tornou-se o titular”, conta, rindo.


História
O Karmann-Ghia é fruto da união de três empresas: as alemãs Karmann e Volkswagen e a italiana Ghia. Sua apresentação ao mundo ocorreu em 1955, no Salão de Frankfurt (Alemanha). Cinco anos depois, a Karmann instalou uma filial no Brasil e passou a fazer o carro em São Bernardo do Campo (SP).

Em 1971, o motor boxer 1.500 foi substituído pelo 1.600, o mesmo dos VW TL e Variant.

A produção foi encerrada em 1975 por causa da concorrência com o Volkswagen SP2, lançado três anos antes.


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