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Ladrões usam dispositivo eletrônico para furtar carros
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Ladrões usam dispositivo eletrônico para furtar carros

Órgão de segurança dos Estados Unidos comprovou que aparelho funciona em veículos com sistema keyless

09 de dez, 2016 · 4 minutos de leitura.

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 Ladrões usam dispositivo eletrônico para furtar carros
Teste mostrou que em 54% dos casos foi possível entrar no carro sem maiores dificuldades

Os ladrões de carros estão acompanhando a evolução tecnológica dos veículos para praticar seus crimes. Um órgão ligado às seguradoras nos Estados Unidos descobriu que os criminosos têm um novo aliado eletrônico, que por enquanto é chamado apenas de “aparelho misterioso”.

Trata-se de um equipamento por meio do qual é possível abrir e ligar automóveis com sistema keyless — nos quais a partida é por botão e as portas se destravam automaticamente conforme o proprietário se aproxima com a chave no bolso.

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O NICB, National Insurance Crime Bureau, conseguiu obter um destes “aparelhos misteriosos” e conduziu um teste para descobrir como, e se, ele de fato funciona. O órgão revelou que o dispositivo tem duas partes, ambas pequenas: o criminoso usa uma caixinha para captar o sinal da chave do carro ao se aproximar do proprietário quando este deixa o veículo — a distância pode ser de até três metros. Estes dados são logo depois enviados remotamente para outra caixa eletrônica que, ao ser colocada próxima do veículo, emite o mesmo sinal da chave original e destranca as portas.

O que surpreendeu os investigadores foi que o processo tornou possível em muitos casos também ligar e sair com os veículos simplesmente apertando-se o botão de partida. Pior: em algumas oportunidades eles conseguiram até desligar e ligar de novo o carro, bastando apenas estar com o “aparelho misterioso” a bordo.

Para o teste foram usados 35 veículos, de diversas marcas, modelos e anos, novos e usados, todos com sistema keyless. Com o aparelho foi possível abrir 19 carros (54%) e, destes, sair dirigindo com 18. Em 12 foi possível ainda desligar o carro e ligá-lo novamente.


O instituto reconheceu que não há uma forma imediata de evitar os furtos com este aparelho, e pediu que as montadoras trabalhem para criar o quanto antes um sistema que os impeça.

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