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Mercedes Classe E: luxo com conectividade
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Mercedes Classe E: luxo com conectividade

Tecnologia é destaque da nova geração do sedã, que chega ao mercado brasileiro no fim deste ano

20 de mar, 2016 · 6 minutos de leitura.

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 Mercedes Classe E: luxo com conectividade

A Mercedes-Benz promete lançar, em 2020, seu primeiro automóvel autônomo produzido em série. Enquanto isso, a marca alemã antecipa, no Classe E, soluções que permitem entender como será o automóvel que poderá frear, acelerar, manter distância do carro à frente, contornar curvas, desviar de obstáculos, como pessoas e animais, ou mesmo tomar o comando por conta própria caso “perceba” que houve algo de errado com o motorista. Fomos a Portugal conhecer a décima geração do sedã, que se destaca pela quantidade de sistemas de conectividade a bordo e que será apresentada aos brasileiros durante o Salão do Automóvel, em novembro – as vendas no País começam no mesmo período.

A empresa não revelou quais versões serão vendidas no Brasil, tampouco seus preços – as mais prováveis são a E 300 e a E 400 4Matic, ambas com motores a gasolina, com turbo, e câmbio automático de nove marchas. A primeira vem com o 2.0 de quatro cilindros, de 245 cv e 37 mkgf. A de topo, com o 3.0 V6 de 333 cv e 48 mkgf, traz a tração 4×4 sob demanda.

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Embora os propulsores tenham evoluído em relação aos da geração anterior, o discurso de todos os executivos e engenheiros da marca ressalta as tecnologias eletrônicas. Dos faróis à suspensão, dos freios à iluminação, tudo traz algum tipo de solução de conectividade.

Ao tomar o volante do sedã, a primeira boa surpresa é o painel virtual. Com 12,3 polegadas (31,2 cm, medidos na diagonal), a tela é imensa. E dá para configurar o que será exibido, como informações do navegador GPS, sistema de som, ajustes dos bancos dianteiros e até do ar-condicionado e respostas da suspensão a ar (item opcional no mercado europeu).

Outro adicional de destaque é o farol com 84 LEDs. O dispositivo, cujos fachos têm alcance de 250 metros, ajusta a iluminação automaticamente conforme a situação. Além de não ofuscar quem vem no sentido oposto, pode até neutralizar aquele brilho incômodo refletido pelo asfalto em dias chuvosos.


Os sensores espalhados pela carroceria, em pontos como a grade e o para-brisa dianteiro e as laterais traseiras, leem informações como as faixas pintadas na pista, o guard rail e as placas de sinalização. Com isso, os sistemas eletrônicos ajudam o motorista a guiar de forma segura.

No visual, o sedã campeão de vendas da Mercedes (mais de 13 milhões de unidades desde 1947) traz a nova identidade visual da marca e atrás, lanternas de LEDs com belo desenho. O interior tem acabamento caprichado – típico da marca – e mistura materiais como couro, madeira e alumínio. O senão é o túnel central traseiro alto, que limita o espaço.


O motor 2.0 do E 300 dá conta do recado e o V6 do E 400 chega a sobrar para um carro de quase duas toneladas. O sedã é gostoso de guiar e tem direção com respostas diretas. Já o câmbio faz passagens de marcha de modo quase imperceptível.

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.