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Mercedes pode voltar a produzir carros no País
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Mercedes pode voltar a produzir carros no País

De acordo com o presidente da empresa, Dieter Zetsche, poderão ser usadas as fábricas da Renault-Nissan pelo mundo para produzir componentes, como motores, e realizar algumas etapas de manufatura, como a de pintura. Uma dessas fábricas pode ser no...

07 de mar, 2012 · 4 minutos de leitura.

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 Mercedes pode voltar a produzir carros no País

RAFAELA BORGES
GENEBRA, SUÍÇA

O protecionismo aos carros brasileiros e a iminente parceria com o Grupo Renault-Nissan podem levar a Mercedes-Benz a voltar a produzir automóveis no Brasil. A marca, que tem a meta de vender em todo o mundo 2 milhões de automóveis até 2020 – 700 mil a mais que no ano passado – quer aumentar sua atuação em mercados fora da Europa, que está saturada.

De acordo com o presidente da Mercedes-Benz, Dieter Zetsche, a montadora poderá utilizar as fábricas da Renault-Nissan pelo mundo para produzir componentes, como motores, e realizar algumas etapas de manufatura, como a de pintura. Uma dessas fábricas poderá ser a do Brasil, admitiu o executivo.

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A informação foi comentada também pelo vice-presidente mundial de marketing da Mercedes, Phillip Schiemer. O executivo, que trabalhou 12 anos na subsidiária brasileira da fabricante, admitiu que a possibilidade de voltar a fabricar automóveis no País está sendo estudada.

“Cometemos um erro no passado. O Classe A (de primeira geração, fabricado aqui de 1999 a 2005) era um ótimo carro, mas não para o Brasil. Lá, era o veículo errado para o momento errado”, afirmou Schiemer. No primeiro ano, a meta era vender 70 mil unidades do carro, mas os emplacamentos não chegaram a 10 mil exemplares.

“Mas agora a realidade do Brasil é outra, a classe média é maior e a meta da Mercedes é ter um carro abaixo de R$ 100 mil. Estamos perto disso”, falou Schiemer. Para isso, a produção local é importante, já que desde janeiro os importados passaram a recolher 30 pontos porcentuais a mais de IPI. A medida é válida até o fim de 2012, mas pode ser prorrogada.


De acordo com Schiemer, se for decidida a fabricação de um automóvel no Brasil novamente, isso poderá acontecer em uma fábrica da Renault, ou da Nissan (a que a marca terá no Rio de Janeiro), ou ainda em uma da própria Mercedes.

Schiemer aposta em modelos da plataforma MFA – que será usada em carros da Infiniti, marca de luxo da Nissan. Porém, acredita que o sedã baseado nessa arquitetura compacta, a ser lançado na Europa em 2013, ou um utilitário com porte do BMW X1, previsto para 2014, têm mais chance de sucesso no País que o novo Classe A.


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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.