Redação, Com Lucas Fidalgo, especial para o Jornal do Carro

10/10/2021 - 7 minutos de leitura.

Mini Cooper chega aos 60 anos na flor da idade; relembre a história do hatch inglês

Do pós-guerra à compra pela BMW, a Mini evoluiu por décadas sem perder o visual clássico do hatch que é um ícone inglês de design

Mini Cooper chega aos 60 anos em plena forma e com versões híbridas e elétricas na gama Crédito: Mini/Divulgação

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Em 1957, a Inglaterra tentava se reerguer da guerra enquanto enfrentava a crise do Canal de Suez. Nessa época, o engenheiro Alec Issigonis recebeu uma missão do executivo da British Motor Corporation, ​​Sir Leonard Lord: criar um carro que pudesse, então, levar quatro adultos, que gastasse pouco combustível, e que fosse pequeno e barato. Assim, em 1959, chegava às ruas inglesas o Austin Mini, um hatch bem pequenino e prático.

Issigonis desenvolveu um compacto que buscava oferecer o máximo de conforto em seus diminutos 3 metros de comprimento, com muitos porta-objetos para aproveitar, dessa forma, todo o espaço interno do veículo. Pouco depois, em 1961, o engenheiro e construtor John Cooper modificou o modelo. A nova proposta era dominar os ralis de resistência.

À época, a escuderia Cooper era uma potência na Fórmula 1. Ganharia os campeonatos de 1959 e 1960, e seus pilotos se tornariam lendas: Jack Brabham, Stirling Moss e Bruce McLaren. Cooper conseguiu inovar: usava tração dianteira com um motor central traseiro enquanto a categoria tinha a maioria dos carros com motor dianteiro.

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Mini/Divulgação

Um sucesso imediato

O Mini ganhou as ruas da Inglaterra, começou a crescer e, logo, a dominar mais mercados após a parceria entre Issigonis e Cooper. Seu motor cresceu de 848 cm³ para 997 cm³ e, com isso, passou de 37 cv para 55 cv de potência máxima. Ou seja, mais que suficiente para garantir ótimo desempenho no hatch, que pesava por volta de 600 kg.

O pequeno entre-eixos e as rodas nas extremidades, pensadas para aumentar o espaço interno, ajudavam nas curvas, o que passava ao piloto a sensação de dirigir um kart. Assim surgiu a expressão “Go-Kart Feeling”. As homocinéticas ajudavam a manter a tração, e a suspensão hidro-elástica reduzia a rolagem lateral, bem como entregava precisão e estabilidade.


Mini/Divulgação

As conquistas do MINI Cooper S

John Cooper ampliou novamente o motor, que passou a ter 1.071 cm³, com potência máxima de 70 cv. O novo modelo, então, começou a dominar os ralis de Monte Carlo. E a dupla Paddy Hopkirk e Henry Liddon ganhou a prova em 1964, uma vitória que reverberou em todo o Reino Unido. Na época, Hopkirk não só recebeu um telegrama de parabéns do governo britânico, como também uma mensagem dos Beatles. Posteriormente, o piloto receberia ainda uma foto autografada dos quatro membros da banda, que dizia: “Agora você é um de nós, Paddy”.

No ano seguinte, foi a vez de Timo Mäkinen e seu co-piloto, Paul Easter, levarem o novo Mini Cooper S 1.3 de 90 cv à vitória. O finlandês Mäkinen foi o único piloto que não recebeu nenhuma penalidade – talvez por estar habituado a correr na neve.


Mini/Divulgação

Em 1966, uma nova vitória – ou quase isso. Conhecidos como “Os Três Mosqueteiros”, Mäkinen, Aaltonen e Hopkirk, dominaram o Rali de Monte Carlo mais uma vez, e chegaram, assim, ao pódio. Contudo, o tio foi desclassificado por uma suposta irregularidade nos faróis. Essa polêmica tornou-se uma das maiores na história do rali.

Um ano depois, Aaltonen e Henry Liddon (co-piloto) confirmaram a hegemonia do Mini Cooper e conquistaram o primeiro lugar.



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Nova era na BMW

Na virada do século, a BMW comprou a Mini e apresentou novos modelos no Salão de Paris de 2000. O hatch original, criado em ralis, deu lugar a um carrinho urbano e sofisticado. O design clássico foi repensado, mas não esquecido. Na verdade, o atual Mini Cooper foi reinventado pelos alemães com dimensões maiores, mas um estilo retrô único.

Diogo de Oliveira/Estadão

O que o Mini Cooper guarda para o futuro

Aos poucos as montadoras ao redor do mundo estão investindo em modelos híbridos e elétricos. A Mini não é diferente. O Mini Cooper S E começou a ser vendido no Brasil em março, prometendo rodar até 234 km por R$ 30 de energia elétrica (a empresa usou os dados de São Paulo para o cálculo, porém valor pode variar de acordo com a tarifa).


O S E é fabricado em Oxford e conta com uma bateria íon-lítio de 32,6 kWh que alimenta o motor elétrico. Sua potência máxima é de 184 cv e 27,5 mkgf de torque instantâneo, e o conjunto possibilita até 234 km de autonomia. O carregamento pode ser feito em casa, em uma tomada comum. Ou com carregadores rápidos como o Mini Wallbox.

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