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Mobi Way chega para tentar animar vendas
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Mobi Way chega para tentar animar vendas

Mobi Way, a versão aventureira do subcompacto, deve responder por cerca de 40% das vendas no modelo

02 de jun, 2016 · 9 minutos de leitura.

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 Mobi Way chega para tentar animar vendas
Fiat Mobi Way On é a versão mais cara do subcompacto: custa R$ 43.800

Um mês e meio após o lançamento, o subcompacto Mobi teve um começo de vendas abaixo das expectativas, com 2.407 unidades em maio. A Fiat lançou agora a versão aventureira, Mobi Way, com a missão de tentar melhorar o desempenho comercial do carro.

É a versão mais cara da linha: custa a partir de R$ 39.300, ou R$ 43.800 na configuração Way On. Apesar do preço elevado (e de não oferecer nem rodas de liga leve de série, no modelo mais barato), a montadora espera que a nova versão represente cerca de 40% da gama Mobi.

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De acordo com o diretor Carlos Eugênio Dutra, o Mobi Way deverá estar nas autorizadas neste final de semana. Com ele, o executivo estima que gradualmente as vendas do subcompacto alcancem 4 mil unidades nos próximos meses.

Versões aventureiras normalmente são bem recebidas pelo público, e a Way traz mudanças visuais como rack no teto, molduras nas caixas de rodas, para-choques redesenhados e identificação na base da tampa traseira de vidro. Além disso, a suspensão foi elevada em 15 milímetros, e a dianteira ganhou barra estabilizadora. O componente tem a função de compensar o aumento de inclinação lateral em curvas, motivado pela elevação da carroceria.

Internamente, há nova padronagem de bancos, e, na Mobi Way On, console no teto (com porta-óculos e retrovisor embutido), além de painel com detalhes em preto brilhante.


Ao contrário de outros modelos aventureiros da própria Fiat, que trazem pneus diferentes das versões normais, o Mobi Way vem equipado com pneus 175/65 R14 idênticos aos do Mobi Easy e Like (as outras duas versões do modelo). A razão, de acordo com Carlos Eugênio Dutra, é que, no momento da troca de pneus, o dono do carro tende a comprar modelos normais, que são mais baratos que os de uso misto.

Durante o test-drive, que incluiu asfalto de boa qualidade, pavimentação ruim e estradas de terra, o Mobi mostrou qualidades e defeitos. A suspensão macia e mais alta absorve bem as irregularidades do solo, e o carro mostrou bom comportamento na terra. De acordo com o diretor de engenharia da Fiat, Claudio Demaria, o curso de suspensão foi elevado em 10 mm. Com isso, reduz-se a possibilidade de solavancos em caminhos ruins, por deixá-lo mais macio.

O motor, no entanto, continua a ser o 1.0 Fire de quatro cilindros, que gera 75 cavalos com etanol e 73 cv com gasolina. Como o torque é contido (9,9 mkgf com etanol), basta aparecer um leve aclive pela frente para o carro de 940 quilos perder ímpeto. Os ponteiros de conta-giros e velocímetro caem abruptamente, o que exige reduções de marcha constantes. E isso porque o teste foi feito apenas com motorista. Se estiver com mais gente e carga, é certo que o sofrimento do motor será maior. O propulsor de três cilindros, que poderia colocar o Mobi em pé de igualdade com o VW Up!, por exemplo, ainda não tem data para chegar.


Falando em mais pessoas e carga, chegamos a outra deficiência do Mobi: o espaço no banco traseiro é bem restrito. As portas de trás têm bom ângulo de abertura (superior a 70 graus), mas o problema não está no acesso ao carro, e sim na acomodação. Caso o motorista seja alto, vai ser difícil alguém conseguir espaço atrás dele sem raspar os joelhos no encosto do banco. Além disso, o porta-malas (215 litros) é muito pequeno, o que faz do subcompacto um carro urbano, apenas.

A direção hidráulica é menos precisa que a elétrica de seu concorrente direto, o VW Up!. Quanto ao câmbio, é comum o motorista raspar a mão na parte inferior do painel, onde ficam os controles do ar-condicionado.

O acabamento é razoável. O uso de materiais plásticos com desenhos diferentes no painel disfarça a simplicidade. O banco do motorista tem regulagem de altura, assim como a coluna de direção. As aletas de saída de ar transmitem sensação de fragilidade, porque são muito maleáveis. Além disso, as saídas centrais são retangulares, e não têm muita harmonia com as laterais, circulares.


Uma das maiores sacadas do modelo – que é a transformação do smartphone do usuário em sistema multimídia – teve sua chegada adiada para o mês que vem. O dispositivo estava prometido para este mês, mas, de acordo com Carlos Eugênio Dutra, houve alguns problemas (“bugs”) com a adaptação do sitema iOS (da Apple).

Principais itens de série e opcionais:

Mobi Way


Série: ar-condicionado, direção hidráulica, chave canivete e computador de bordo.

Opcional: sistema de som com comandos no volante, Bluetooth e entradas USB e auxiliar.

Mobi Way On


Série:rodas de liga leve aro 14, console no teto, retrovisores elétricos, som com comandos no volante, Bluetooth e entradas USB e auxiliar, rodas de liga leve e sensor de obstáculos (não há opcionais).

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.