Você está lendo...
Motor 1.5 do novo Ka começa a ser feito no Brasil
Notícias

Motor 1.5 do novo Ka começa a ser feito no Brasil

Motor 1.5 de três cilindros, que vinha da Índia para equipar o EcoSport, passou a ser feito pela Ford em Taubaté, para ser utilizado também no Ka

Redação

26 de abr, 2018 · 4 minutos de leitura.

Publicidade

Motor 1.5 Ford Taubaté
Crédito:Fábrica de Taubaté passa a produzir tanto o motor 1.5 de 3 cilindros como o câmbio que irá equipar o novo Ka, a ser lançado em junho. Foto: Ford

A Ford começou a produzir na fábrica de Taubaté, interior de São Paulo, o motor 1.5 de três cilindros que irá equipar o novo Ka Freestyle, a ser lançado em junho.

Esse motor, denominado Ti-VCT, é o mesmo utilizado também no EcoSport. Até agora, ele era produzido na Índia.

No EcoSport, o novo propulsor substituiu com vantagens o 1.6 Sigma. Ele rende 137 cavalos com etanol e 130 cv com gasolina. O torque é respectivamente de 16,1/15,6 mkgf. O bloco é de alumínio, e o comando de válvulas é duplo.

Publicidade


De acordo com a Ford, este foi o primeiro propulsor 1.5 do mundo com três cilindros. E, com 91,5 cv por litro, é o motor naturalmente aspirado com a maior potência específica do mercado, garante a montadora. O Brasil é o quarto país a produzi-lo, ao lado de Índia, México e China.

Novo câmbio

Além do motor, a fábrica de Taubaté, que está completando 50 anos, inaugurou a montagem também de uma nova caixa de câmbio manual de cinco marchas, denominada MX65.

A nova transmissão é uma evolução da caixa IB5, utilizada na linha Ka, Fiesta e EcoSport. Segundo a montadora, ela é menos complexa, tem processo de manufatura mais enxuto e é 8 kg mais leve que a IB5. Com isso, a montadora garante que o novo câmbio contribui para melhoria na economia e na dirigibilidade do veículo. Além do Brasil, ele é fabricado também na França e na Índia.


Por aqui, inicialmente deverá equipar o Ka, podendo numa etapa seguinte chegar também ao EcoSport. Como o Fiesta permanece com o motor 1.6 Sigma, é improvável que ele receba a nova caixa.

Para produzir o novo motor e a nova transmissão, a fábrica de Taubaté recebeu 30 novos robôs, entre outras melhorias.

Motor de Mustang

Ao longo de suas cinco décadas de história, o complexo industrial da Ford em Taubaté já produziu cerca de 8 milhões de motores e 7 milhões de transmissões.


Além de fornecer conjuntos de powertrain para automóveis produzidos no País e na Argentina, como Maverick, F-1000, Escort, Fiesta, Ka, Focus e EcoSport, de lá já saíram motores também para o Mustang nos Estados Unidos e para o Focus montado na Europa.

Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.