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Nissan Kicks agora é nacional e ganha mais versões
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Nissan Kicks agora é nacional e ganha mais versões

Utilitário compacto passa a ser produzido em Resende (RJ) e tem versão manual partindo de R$ 70.500; automático mais barato custa R$ 79.200

Igor Macário, de Resende (RJ)

05 de jul, 2017 · 5 minutos de leitura.

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Crédito:Nissan

A Nissan tem planos mais ambiciosos com o Kicks. Depois de “sentir” o mercado com o lançamento da versão SL há pouco mais de um ano, vindo importado do México, a fabricante finalmente começou a produzir o utilitário na sua fábrica de Resende (RJ).

A nacionalização não mexeu com visual ou mecânica, mas deu ao modelo mais versões e uma tabela atraente na configuração de entrada, a S, com um inédito câmbio manual, vendida a R$ 70.500.

Com motor 1.6, o Kicks S tem acabamento mais simples e apenas itens básicos, como ar-condicionado, trio elétrico e sistema de som com Bluetooth. Há ao menos um assistente de partida em rampa, útil em manobras no modelo com câmbio manual. O “hill holder”, no entanto, é um opcional de R$ 1.200 que acompanha o importante controle de estabilidade.

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A versão básica também pode vir com câmbio CVT a R$ 79.200. Nesse caso, o ESP e o “hill holder” são de série, assim como rodas de liga-leve de 16 polegadas. O Kicks manual vem com calotas, também de 16 polegadas.

A intermediária SV teve o preço reduzido de R$ 86.490 para R$ 85.600 e manteve as especificações conhecidas, como câmbio automático CVT e sistema multimídia de série.


A versão tem ainda partida por botão, sensor de obstáculos traseiro, rodas de 17 polegadas e câmera de ré. Ela pode ganhar ainda bancos de couro e air bags laterais e de cortina por R$ 3 mil extras.

Já a SL aumentou de R$ 93.490 para R$ 94.900 e, como novidade, pode receber alerta de colisão iminente com frenagem automática por R$ 2.400, item inédito no segmento. De série, o Kicks mais caro tem ainda quatro câmeras ao redor do carro que formam uma visão 360°, facilitando manobras de estacionamento.

Parte do quadro de instrumentos é digital e o comprador pode escolher (apenas no SL) dois tons de cor para carroceria e teto. O SL nacional ainda tem retrovisores externos eletricamente rebatíveis, maçanetas cromadas e uma central multimídia mais completa que a do SL importado (com aplicativos como Waze e Spotify embutidos).


Comportado. Sem mudanças no trem de força, o Kicks tem desempenho melhor do que os 114 cv da ficha técnica podem sugerir. O baixo peso (só 1.136 kg) ajuda muito na desenvoltura do modelo, que ganha velocidade com alguma facilidade. O senão ainda é o câmbio CVT, que varia bastante a rotação de acordo com o peso do pé do motorista no acelerador.

O sistema não hesita em levar o 1.6 até os 4 mil giros (ou mais) para chegar ao desempenho pedido, e só “sossega” quando o ritmo ao volante é bem sutil. As reações não chegam a ser lentas, mas o CVT não esconde suas peculiaridades ao segurar as rotações altas quando o motorista exige mais do conjunto.


Ao menos, o nível de ruído a bordo é contido, assim como as vibrações, e não se percebe tanto o esforço do motor. Em velocidade de cruzeiro, no plano, as rotações ficam abaixo dos 2 mil rpm e o modelo deslancha sem muito sufoco. Falta, porém, um apóia braço central, que não equipa nem mesmo a versão de topo SL, item que seria útil em viagens mais longas.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.