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Nova geração faz usado desvalorizar até 8%
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Nova geração faz usado desvalorizar até 8%

Para especialistas, consumidor que vender modelo 'antigo' antes da estreia do renovado fará melhor negócio

08 de fev, 2014 · 7 minutos de leitura.

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 Nova geração faz usado desvalorizar até 8%
Ford Ka mudará completamente em 2014

A Ford mostrou no início da semana a versão sedã da nova geração do Ka, que também terá opção hatch e chega às lojas do País no meio do ano. Nos próximos meses, a Toyota lançará o Corolla renovado e a Honda fará atualizações nas “famílias” Civic e Fit. A dúvida que mais aflige os donos de modelos que estão para mudar é em relação à depreciação. Segundo especialista, o anúncio da chegada de uma nova linha faz o preço da antiga cair, em média, 8%.

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Portanto, quem se desfizer do modelo “antigo” antes da estreia do novo fará melhor negócio, de acordo com o gerente de Desenvolvimento de Mercado da consultoria Jato Dynamics, Pedro Mendes. “Existem duas ondas de desvalorização. Uma ocorre quando a montadora anuncia uma modificação em um determinado modelo e a outra é quando a novidade chega, de fato, às lojas.” Ele diz que a depreciação chega ao ápice na segunda fase. “Se houver dois modelos no show room, sendo um novo e outro antigo, o ‘velho’ vai desvalorizar mais.”


Gerente da m10 Multimarcas (2020-1234), em Moema, zona sul, Bruno Grimaldi afirma que a desvalorização varia conforme o caso. “Isso depende do modelo, tipo de carroceria, versão e por aí vai.”

Ele afirma que modelos consolidados sofrem menor depreciação. Ele cita o exemplo do Ka. “Mesmo quando a nova geração chegar, as antigas continuarão sendo bem aceitas.”

De acordo com ele, alguns modelos, como o Corolla, por exemplo, tendem a perder ainda menos valor na hora da revenda por causa do público, que é bastante fiel. “Mas desvalorização sempre tem.”


Mendes confirma a boa aceitação de veículos da Honda e da Toyota. “Os sedãs médios dessas marcas (Civic e Corolla, respectivamente) costumam manter preços mais estáveis que o de outras fabricantes.” De acordo com ele, a depreciação desses carros às vésperas da chegada das novas linhas gira em torno de 4% – a metade, portanto, da média de desvalorização geral do mercado.

Dicas

Para o consultor da ADK Automotive, Paulo Roberto Garbossa, a desvalorização dos seminovos é mais do que natural. “A depreciação já começa quando o consumidor retira o carro zero-km da concessionária onde o comprou.”


Segundo o especialista, não é uma questão de perder mais ou menos dinheiro com a venda do carro que será substituído. “Se a nova geração tiver preço competitivo, vale mais a pena vender a antiga antes que próxima chegue à rede de concessionárias. Se a novidade for ficar mais cara, vale a pena esperar um pouco e avaliar o comportamento do mercado antes de ‘queimar’ o carro rapidamente por qualquer preço.”

Mendes afirma que o consumidor tem de se manter sempre bem informado o tempo todo, para não ser pego de surpresa. “Quem quer revender um carro de segunda mão precisa estar por dentro das novidades do mercado automotivo.” Ele diz que a melhor forma de evitar sustos é acompanhar os movimentos do mercado, que costuma ser bastante dinâmico. “Uma dica é ficar de olho na mídia especializada, que costuma antecipar detalhes das novidades que estão a caminho.”

Agilidade


Se o consumidor já estiver disposto a se desfazer do usado, deve fazê-lo o quanto antes. “É preciso ser rápido para não ter o negócio prejudicado por eventuais promoções de concessionárias”, lembra Garbossa. A mecânica é simples: descontos para o carro novo farão com que o preço do usado caia ainda mais.

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