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Novo Palio: um veterano novinho em folha
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Novo Palio: um veterano novinho em folha

Desde que foi lançado, em 1996, o Palio recebeu três reestilizações, mas só desta vez pode-se dizer que o hatch é um carro realmente novo. Ele abandonou a antiga plataforma e adotou a do Uno, com modificações para dar base a um modelo maior

09 de nov, 2011 · 7 minutos de leitura.

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 Novo Palio: um veterano novinho em folha

RAFAELA BORGES

Belo Horizonte – Desde que foi lançado, em 1996, o Palio recebeu três reestilizações, mas só desta vez pode-se dizer que o hatch é um carro realmente novo. Ele abandonou a antiga plataforma e adotou a do Uno, com modificações para dar base a um modelo maior. Com isso, o Fiat ficou maior, mais espaçoso e com desenho completamente diferente. O preço da versão de entrada, Attractive 1.0, não mudou em relação à da geração anterior, ELX. Parte de R$ 30.990.

A mais que o antigo, o novo Palio traz desde a configuração de entrada itens como direção hidráulica. Todas ganharam equipamentos, mas estão mais caras: Attractive 1.4, a R$ 34.290, Essence, a R$ 37.990, e Sporting, por R$ 39.990. Essas duas últimas trazem motor 1.6 16V (até 117 cv) e, opcionalmente, câmbio automatizado. De série a caixa é manual de cinco marchas.

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Em movimento, chama a atenção o revestimento acústico. Mesmo na versão 1.0, que tem de trabalhar em rotações mais altas, o ruído do motor não incomoda na cabine.

Com entre-eixos 4,7 centímetros maior que e direção com respostas mais diretas, o Fiat ganhou firmeza em curvas. Ainda assim, a suspensão manteve ajuste voltado ao conforto. Não se sente tanto os impactos com pisos imperfeitos. O desenho do volante está mais ergonômico.

O acabamento é bom e se destacam os painéis central e de instrumentos. Mas o plástico das portas tem textura muito dura e há detalhes de gosto duvidoso, como o desenho dos alto-falantes. O botão de ajuste dos retrovisores externos também não agradou, pois fica muito alto na coluna dianteira (“A”).


Nas versões avaliadas, Attractive (com motores 1.0 e 1.4), fazem falta regulagens para o volante. Motoristas altos podem ter dificuldade de achar a posição ideal de guiar, embora esse aspecto tenha melhorado.

A mecânica não mudou. O motor 1.0 Fire de até 75 cv proporciona comportamento na média dos demais “populares”. O Palio sofre em subidas e exige muitas mudanças de marcha no trânsito urbano. Já a versão 1.4, de até 88 cv, está mais ágil, pois a Fiat alterou as relações das marchas.

Palio 2012 traz mais versões e itens opcionais


O novo Palio traz mudanças também nas versões. Sai de cena a ELX, de entrada, e entra a Sporting, que passa a ser a topo de linha. Ela tem o mesmo motor 1.6 16V da intermediária, Essence, e conta com alterações no câmbio e na suspensão para ficar com pegada esportiva.

O objetivo da Fiat é que ela ocupe o lugar da 1.8R. Esta deixou de ser oferecida quando a montadora adotou os motores E.TorQ e abandonou os 1.8 da GM.

Na lista de opcionais, o volante com comando para funções do rádio e revestimento parcial de couro está entre os destaques. Há ainda itens incomuns no segmento, como air bags laterais. As versões Essence e Sporting com câmbio automatizado também vêm com controlador de velocidade de cruzeiro.


Modelo mais vendido da Fiat até o início de 2010, quando chegou a nova geração do Uno, o Palio foi perdendo espaço não apenas por causa do “irmão”, mas também da falta de “carisma” da linha reestilizada em 2007. Antes vice-líder entre os hatches, agora ele ocupa a sexta posição do ranking, com cerca de 8 mil unidades vendidas por mês, das quais 60% são Fire 1.0.

A Fiat espera vender mensalmente cerca de 14 mil Palio, sendo 9 mil da nova geração. Do novato, 50% dos emplacamentos devem ser da configuração 1.0, 30% da 1.4 e 20% da 1.6 16V.

Viagem feita a convite da Fiat


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